domingo, 4 de outubro de 2009


AS AVENTURAS DO DETETIVE FROXÔ




“MAMÂE, NÃO QUERO SER PREFEITO”



Investigando desvios de recursos públicos no Brasil, o detetive Froxô chegou ao Maranhão. Entrou em contato com diversos prefeitos trazendo informações não muito animadoras.



-É o seguinte: A Controladoria Geral da União quer saber o destino que está sendo dado ao Fundo de Participação dos Municípios.

- Aqui não tem mais isso não, senhor detetive. Agora é Fundo de Pescoção nos Municípios.

- Pescoção? Porque pescoção?

- A cada vez que os prefeitos vão ao caixa pegar esse dinheiro é como se levassem um murro nas fuças. O dinheiro nunca está lá e quando está é pela metade.

- E o Fundeb? Como é que está sendo aplicado o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica?

- No Maranhão mudou de nome. Agora é Fundo de Demissões Básicas.

- Por quê?

- É que o dinheiro ficou tão pouquinho que os prefeitos estão sendo obrigados a demitir professoras, merendeiras, secretárias. E ao invés de reformar, estão derrubando escolas.

- Que coisa! Mas vocês ainda podem contar com o dinheiro do SUS.

- Mudou de nome também no Maranhão. Agora é dinheiro do SUSTO. Os prefeitos levam cada susto quando vão receber esse dinheiro...

- Ainda bem que vocês podem contar com os recursos do Imposto de Circulação de Mercadorias...

- Ta brincando, detetive! O que temos aqui é o Imposto de Simulação de Mercadorias. O povo simula que tem arroz, que tem feijão que tem farinha, os comerciantes simulam que estão vendendo alguma coisa e o Governo simula que repassou o dinheiro.



E, assim, o detetive retornou ao seu quartel general, decidido a nunca mais pagar Imposto de Renda e catarolando uma música que diz mais ou menos assim: “Mamãe não quero ser prefeito pode ser que eu seja eleito e Roseana vai querer me assassinar...”

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