terça-feira, 15 de abril de 2014


Mais um preso é assassinado na Penitenciária de Pedrinhas

Do blog do Manoel Santos

 
O Governo do Maranhão acaba de confirmar mais uma morte na Penitenciária de Pedrinhas. Em nota à imprensa, a Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa que a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios, já investiga a morte do interno André Walber Mendes, de 26 anos, ocorrida na noite desta segunda-feira (14), no Centro de Detenção Provisória (CDP) em Pedrinhas. O detento, que foi encontrado com sinais de enforcamento, cumpria pena pelo crime de assalto.
De acordo com o jornalista Oswaldo Viviani, da equipe do Jornal Pequeno, dois detentos foram assassinados em unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, entre a tarde de sábado (12) e a de domingo (13). As duas mortes ocorreram na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ).
O corpo de João Altair Oliveira Silva, de 18 anos, foi encontrado no corredor da CCPJ às 17h de sábado (12). Ele tinha perfurações pelo corpo, provocadas por “chuços” (facas artesanais).
Às 16h30 de ontem (domingo, 13), Wesley Sousa Pereira, 24, foi achado enforcado no bloco D, cela 14, da mesma unidade.
Com essas mortes, sobe para onze o número de presos assassinados em presídios do Maranhão neste ano.
Só em Pedrinhas, foram seis homicídios (três no Centro de Detenção Provisória (CDP) e três na CCPJ).
Um assassinato foi na CCPJ do Anil (unidade que não fica no Complexo de Pedrinhas).
Os outros quatro ocorreram em Unidades de Ressocialização do interior do estado – Santa Inês, Balsas, Itapecuru-Mirim e Timon.
Cinco dos onze assassinatos de presos no Maranhão, neste ano, ocorreram em janeiro. Em fevereiro, houve duas mortes; em março, também duas; e em abril, mais duas (até ontem, 13).
O secretário estadual de Justiça e Administração Penitenciária confirmou as duas mortes do fim de semana, mas a Sejap não se pronunciou oficialmente até a manhã de hoje (14) sobre detalhes dos homicídios nem sobre a ficha criminal das vítimas (se eram presos provisórios ou já condenados; por qual crime respondiam etc.).
O Maranhão vive uma crise no sistema penitenciário do estado, com a descoberta rotineira de túneis nos presídios e dezenas de fugas concretizadas.
Os assassinatos de presos – que somaram 60 no ano passado, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – também continuam, apesar de o Batalhão de Choque da Polícia Militar e a Força Nacional (federal) estarem à frente da segurança em Pedrinhas.

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