JM
Cunha Santos
O
tambor ta batendo é pra valer. Os emissários das catacumbas, espíritos
inquietos, rondam a oposição. Três acidentes em três dias. Sarney mandou para o
inferno e teve gente que quase foi pro céu. É urucubaca da braba, é vodu, o
cheiro de enxofre é muito forte. Invocaram os exus. Principalmente o exu
caveira. Tem despacho na encruzilhada. E tai a receita:
Uma
galinha preta no dendê, mordida por lobos, recheada com extratos bancários do
BNDES, mais uma cruz símbolo da Cruz Vermelha, uma cópia de decisão judicial
condenando um candidato, uma garrafa de vinho tino importado, lagostas e uísque
escoes à vontade, sete velas brancas de sete metros e, costurado no sobrecu da
galinha, o nome do futuro acidentado e o resultado de uma pesquisa eleitoral
favorável ao candidato do governo. É bateu, matou.
Está
na hora de tomar um banho de sal grosso, fechar o corpo, buscar a proteção dos
guias. Eles se rodearam dos quatro cavaleiros do Apocalipse e há o perigo da
ascensão da Besta na terra começar pelo Maranhão. Só tem um jeito de você se
proteger:
Reze
um Credo, com uma placa e uma foto da inauguração da Refinariam Premium na mão
direita e uma chave de cofre público na mão esquerda. Faça uma cruz invertida
na testa, outra na boca e uma no peito, solte sete sapos cururus e sete aranhas
caranguejeiras na porta do Tribunal de Contas do Estado e grite de costas para
o Palácio dos Leões: Cadê os quatro bilhões, cadê os quatro bilhões, cadê os
quatro bilhões? Sete vezes, durante sete dias, debaixo de um temporal. Feito
isso, mande benzer seu carro numa igreja da Faixa de Gaza e pegue um vôo da
Malysa Airline direto para a Ucrânia, levando uma vela preta de sete metros
acesa dentro do avião.
Assim
que o avião for bombardeado por um míssil, você estará livre dos feitiços de
Sarney.
Credo
in cruz, ti esconjuro, vade retro, satanás!
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