O
nome de Paulo Guimarães surgiu na “Operação Boi Barrica”, que acusou Fernando
Sarney de montar uma organização criminosa dentro da administração federal.
Como o Maranhão ainda não afundou em meio a tanta corrupção?
JM
Cunha Santos
Paulo Guimarães |
A
Operação “Sorte Grande” da Polícia Federal conduziu coercitivamente, na manhã
desta quarta-feira, Paulo Delfino Fonseca Guimarães, o PG, chefe do Grupo
Empresarial Meio Norte, com sede em Teresina, sócio antigo de Fernando Sarney,
para prestar esclarecimentos. Ele é acusado de sonegação fiscal, falsidade
ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Ao
todo, 13 pessoas foram conduzidas pela Polícia Federal, duas em São Paulo e 11
em Teresina. O grupo teria sonegado em tributos 896 milhões de reais, quase 1
bilhão, no ano de 2013. Paulo Guimarães é cliente assíduo das Ilhas Britânicas,
mais um paraíso fiscal onde se guardam valores de origem desconhecida,
garantidos por dumping fiscal, ou seja, alíquotas tributárias muito baixas ou
nulas se comparadas a outros países. Em linguagem de pobre, lugar de guardar
dinheiro roubado.
PG,
BOI BARRICA, FERNANDO SARNEY
Nascido
em Timon, no Maranhão e filho de Napoleão Guimarães, político que por três
vezes foi prefeito da cidade, o nome de Paulo Guimarães, o PG, surgiu na
“Operação Boi Barrica” como a pessoa que teria ajudado Fernando Sarney na
transação de lavagem de dinheiro conhecida como “dólar cabo”. PG, à época
também era dono de emissoras de televisão e jornais, de uma das maiores
distribuidoras de medicamentos do país e mais 15 empresas.
A
Operação Boi Barrica acusou Fernando Sarney de formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro, falsidade ideológica e gestão de instituição financeira irregular,
no caso da empresa São Luis Factoring. Um saque de dois milhões de reais em
espécie, no ano da eleição de Jackson Lago e um relatório do Coaf – Conselho de
Controle de Atividades Financeiras - detonou a operação, na qual Fernando
Sarney surgiu como responsável por montar uma organização criminosa dentro da
administração pública federal, a chamada Turma da Poli (Escola Politécnica) da
qual, segundo a revista Época, faziam parte Astrogildo Quental, Ulisses Asaad,
Gianfranco Perasso e Flávio Barbosa Lima.
REMESSA
PARA A CHINA
A
Operação Boi Barrica descobriu depósitos em paraísos fiscais diversos como
Caribe, Ilhas Virgens e Ilhas Britânicas. Conforme a revista Época, o depósito
mais esquisito foi feito para uma conta no Hong Kong and Shangai Banking. E
disse a revista Época à época: “A remessa para a China teria relação com a
parceria entre Fernando Sarney e Paulo Delfino Fonseca Guimarães no mundo dos
negócios.
O
nome da operação que promove uma devassa nas empresas de Paulo Guimarães é
“Sorte Grande”. Mas sorte grande mesmo vai ser o dia em que o Maranhão se
livrar dessa gente.
Como
é que esse Estado ainda não afundou no meio de tanto corrupto e tanta corrupção?
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