quarta-feira, 20 de agosto de 2014

POLÍCIA FEDERAL NA COLA DE PAULO GUIMARÃES, SÓCIO DE FERNANDO SARNEY

O nome de Paulo Guimarães surgiu na “Operação Boi Barrica”, que acusou Fernando Sarney de montar uma organização criminosa dentro da administração federal. Como o Maranhão ainda não afundou em meio a tanta corrupção?

JM Cunha Santos

Paulo Guimarães
A Operação “Sorte Grande” da Polícia Federal conduziu coercitivamente, na manhã desta quarta-feira, Paulo Delfino Fonseca Guimarães, o PG, chefe do Grupo Empresarial Meio Norte, com sede em Teresina, sócio antigo de Fernando Sarney, para prestar esclarecimentos. Ele é acusado de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Ao todo, 13 pessoas foram conduzidas pela Polícia Federal, duas em São Paulo e 11 em Teresina. O grupo teria sonegado em tributos 896 milhões de reais, quase 1 bilhão, no ano de 2013. Paulo Guimarães é cliente assíduo das Ilhas Britânicas, mais um paraíso fiscal onde se guardam valores de origem desconhecida, garantidos por dumping fiscal, ou seja, alíquotas tributárias muito baixas ou nulas se comparadas a outros países. Em linguagem de pobre, lugar de guardar dinheiro roubado.
PG, BOI BARRICA, FERNANDO SARNEY
Nascido em Timon, no Maranhão e filho de Napoleão Guimarães, político que por três vezes foi prefeito da cidade, o nome de Paulo Guimarães, o PG, surgiu na “Operação Boi Barrica” como a pessoa que teria ajudado Fernando Sarney na transação de lavagem de dinheiro conhecida como “dólar cabo”. PG, à época também era dono de emissoras de televisão e jornais, de uma das maiores distribuidoras de medicamentos do país e mais 15 empresas.
A Operação Boi Barrica acusou Fernando Sarney de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e gestão de instituição financeira irregular, no caso da empresa São Luis Factoring. Um saque de dois milhões de reais em espécie, no ano da eleição de Jackson Lago e um relatório do Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras - detonou a operação, na qual Fernando Sarney surgiu como responsável por montar uma organização criminosa dentro da administração pública federal, a chamada Turma da Poli (Escola Politécnica) da qual, segundo a revista Época, faziam parte Astrogildo Quental, Ulisses Asaad, Gianfranco Perasso e Flávio Barbosa Lima.
REMESSA PARA A CHINA
A Operação Boi Barrica descobriu depósitos em paraísos fiscais diversos como Caribe, Ilhas Virgens e Ilhas Britânicas. Conforme a revista Época, o depósito mais esquisito foi feito para uma conta no Hong Kong and Shangai Banking. E disse a revista Época à época: “A remessa para a China teria relação com a parceria entre Fernando Sarney e Paulo Delfino Fonseca Guimarães no mundo dos negócios.
O nome da operação que promove uma devassa nas empresas de Paulo Guimarães é “Sorte Grande”. Mas sorte grande mesmo vai ser o dia em que o Maranhão se livrar dessa gente.
Como é que esse Estado ainda não afundou no meio de tanto corrupto e tanta corrupção?

Nenhum comentário:

Postar um comentário