Último foragido da operação Lava-Jato se revela
disposto a contribuir com as investigações criminais.
Jones, Rossi,
especial para “O Globo”.
Adarico Negromonte se entrega na Policia Federal
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Apontado pela Polícia Federal como o último foragido na sétima etapa da
Operação Lava-Jato, Adarico Negromonte Filho entregou-se à PF em Curitiba na
manhã desta segunda-feira. Ele chegou a pé, acompanhado por um advogado e um
segurança. Com sorriso no rosto e aparentemente tranquilo, ele entrou pela
porta principal, sem tentar se esconder.
Negromonte, um dos 25 investigados nesta fase da Lava-Jato, é o irmão
mais velho do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, e trabalhava para o
doleiro Alberto Youssef. Segundo a PF, sua função era entregar dinheiro a
políticos.
De acordo com as investigações, ele levava dinheiro do escritório do
doleiro até os agentes públicos e partidos políticos. Ele teve a prisão
decretada pela Justiça Federal do Paraná na semana passada. A defesa chegou a
entrar com um pedido de revogação da prisão temporária.
No seu pedido, a advogada Joyce Roysen diz que seu cliente "vem
sendo considerado como "foragido da Justiça, o que não é condizente, pois
em momento algum foi realizada diligência em sua residência na cidade de
Registro, para o cumprimento da medida coercitiva".
“Assim, o requerente, por não suportar mais as mazelas da prisão
temporária decretada por Vossa Excelência, por intermédio de suas advogadas,
entrou em contato com a Polícia Federal de Curitiba e informou que se
apresentará nesta segunda-feira, dia 24, a fim de que possa contribuir com as
investigações criminais”, diz a petição da advogada.
A criminalista aguarda um posicionamento da Justiça sobre o pedido de
liberdade de Adarico. Ela alega que ele tem idade “avançada”, 68 anos, e que o
quadro de saúde também é “delicado”. Joyce argumenta ainda que seu cliente
permaneceu em casa nos últimos dias, antes da apresentação à PF.
Nota do Blog - Adarico Negromonte foi acusado por Alberto Youssef, para
quem trabalhava, de pagar propina em espécie à governadora do Maranhão, Roseana
Sarney.
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