Editorial
JP, 28 de novembro
Ao
condenar, em entrevista ao Observatório da Imprensa, o uso político dos meios
de comunicação, o governador eleito Flávio Dino recoloca, no Maranhão, uma das
questões mais sérias dos últimos tempos e que tem ocupado o discernimento de
grande parte da intelectualidade brasileira. E nunca é demais lembrar que a
campanha de Flávio Dino foi vencedora enfrentando um dos mais antigos
monopólios de comunicação do país, o do coronel eletrônico José Sarney, apenas
com a força de jornais regionais, blogs,
redes sociais e 2 meses de propaganda na televisão.
Através
de monopólios e oligopólios de comunicação, conforme especialistas, grandes
grupos econômicos determinam o que a maioria das pessoas lê, ouve e vê neste
país. E essa capacidade de interferir na opinião pública, para o bem e para
mal, faz de políticos e governantes eternos aliados desses monopólios, minando
qualquer possibilidade de intervenção na renovação das concessões das grandes
redes de comunicação. Mas o fato é que somente 12 famílias controlam os
principais meios de difusão de informações no Brasil, ou seja, embora se tratem
de outorgas de serviços públicos, ainda não conseguimos democratizar a comunicação
social.
O
governador eleito – e esse é um item programático – pretende reforçar a rede
pública, incentivar as rádios comunitárias e ampliar o acesso à banda larga nas
cidades maranhenses. A universalização da internet, o apoio às rádios comunitárias,
jornais regionais e blogs noticiosos parece ser o caminho mais fácil para enfrentar
os monopólios localizados, como esse que durante tanto tempo serviu ao
sarneisismo, e democratizar a comunicação.
Lembremos
só que o uso político dos meios de comunicação muitas vezes permitiu que as
transferências de recursos do governo do Estado para o Sistema Mirante
superassem os investimentos em agricultura e outras áreas sensíveis da
administração.
Por
outro lado, o governo do PT sempre que propõe a regulação das mídias, busca
fazê-lo pelo viés da sujeição econômica, (eles usam a palavra controle) o que,
de longe, cheira a armadilha, pois esconde nessa proposta o objetivo principal
que é conseguir o controle de conteúdo. Nada mais nada menos que uma forma de
censura financeira que o povo brasileiro não está mais disposto a suportar.
Na
Presidência da República, Sarney distribuiu concessões de TV e Rádio como
bombons em dia de São Cosme e Damião o que, para muitos, lhe garantiu um ano a
mais de mandato. É mais uma comprovação do abusivo uso político dos meios de
comunicação e um indicativo de que a democratização desses meios precisa ser
debatida exaustivamente pela sociedade. Por enquanto, a população patina entre
a ditadura dos monopólios a determinar o que todo mundo pode ler, ver e ouvir e
as segundas intenções de políticos e autoridades que sonham em controlar o
conteúdo noticioso e de opinião para que escândalos como da Petrobrás, por
exemplo, possam sempre ser redimensionados.
Ta bom tu fala dos sarneys porque tu nao fala da rádio capital e tv cidade que e controlada pelo teu senador ? tu nao passa de um hipocrita baba ovo de grupo politico
ResponderExcluirse vende por um banner de blog vivia metendo pau em flavio dino chamando de dinoey e agora ta todo amiguinho posando de bom moco