quinta-feira, 26 de março de 2015

Fraude contra a Receita é tão grande quanto a da Petrobras, diz Delegado




A Polícia Federal afirmou na manhã desta quinta-feira (26) que ao menos 70 empresas – dos ramos bancário, siderúrgico, automobilístico e da construção civil – são investigadas no esquema que pode ter dado prejuízo de R$ 19 bilhões à Receita Federal a partir da anulação ou redução indevida de multas aplicadas pelo órgão. Os nomes das empresas suspeitas de envolvimento na fraude não foram divulgados.
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Operação Zelotes
Estimativa de prejuízo
R$ 19 bilhões
Fraude já comprovada
R$ 5,7 bilhões
Estados envolvidos
DF, CE e SP
Mandados de busca e apreensão
41
Policiais federais atuando na operação
180
Fiscais da Receita auxiliando ação
55
Fonte: Polícia Federal
Durante a operação nesta manhã, os agentes apreenderam R$ 1,3 milhão em dinheiro nas casas de suspeitos de envolvimento no esquema (veja vídeo acima). Carros de luxo também foram apreendidos. A fraude ocorria no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o órgão do Ministério da Fazenda responsável por analisar em segunda instância as autuações promovidas pela Receita.
A corregedora-geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Lima, afirmou que vai pedir a nulidade das ações onde foram encontradas irregularidades. Em um dos casos identificados pela PF, uma multa de R$ 150 milhões aplicada a uma empresa havia sido cancelada.
Pelo menos um dos 216 atuais membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão do Ministério da Fazenda responsável por analisar em segunda instância as autuações promovidas pelo Fisco, vai ser afastado por suposto envolvimento com o crime, segundo a Polícia Federal.

O diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Oslain Campos Santana, afirmou considerar a Operação Zelotes "tão grande" quanto a Operação Lava Jato por causa da extensão do prejuízo aos cofres públicos, estimado em R$ 19 bilhões, e a quantidade de envolvidos. "Até agora não foi identificada grandes correlações entre essa operação e a Lava Jato, fora, óbvio, ter processos administrativos", completou.
As investigações começaram em 2013 e consideram processos que tramitam desde 2005. De acordo com a PF, uma organização criminosa manipulava o trâmite dos recursos administrativos que chegavam ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O objetivo dela era anular ou diminuir o valor das multas aplicadas.
Nove ex-conselheiros e um atual estão entre os suspeitos de participar do esquema. O número total de envolvidos está sob sigilo. Ainda segundo a polícia, os servidores repassavam informações privilegiadas para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia nas três unidades da federação. Esses locais usariam os dados para captar novos clientes, diz a polícia. A entidade afirma ainda que há constatação de tráfico de influência.
Dinheiro apreendido
A PF estima cumprir 41 mandados de busca e apreensão em BrasíliaSão Paulo e Ceará ao longo do dia. Não há informações sobre prisões. Até as 11h30, policiais haviam apreendido mais de R$ 1,3 milhão em espécie em três locais, além de carros de luxo. Desse valor, R$ 800 mil estavam em um cofre e R$ 312 mil em uma sacola. O recolhimento ocorreu no DF e em SP.
A PF afirmou que já foi comprovado prejuízo de R$ 5,7 bilhões. Os investigados vão responder pelo crime de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam 50 anos de prisão.

A ação foi batizada de Operação Zelotes, que significa "falso cuidado" ou "cuidado fingido", de acordo com a Polícia Federal. Além de 180 policiais federais, 60 fiscais da Receita Federal e 3 servidores da Corregedoria Geral do Ministério Fazenda participaram da operação.

Um comentário:

  1. Sr. Cunha Santos sou um contribuinte do Município da Raposa e exatamente a uma semana não consigo emitir uma nota fiscal e a Prefeitura não consegue dar uma resposta do real fato. Acredito que os demais contribuinte estão passando pela mesma dificuldade sem poder fazer faturas.
    O Secretario Municipal de Finanças esta mais por fora do que b..... de índio e não dar resposta aos contribuintes.
    Para completar quem o faz atendimento dando informações no setor de tributos da Prefeitura da Raposa é um vereador de Paço do Lumiar - que acredito não possui nenhuma determinação por parte da nova gestora - relação amorosas ou mesmo intimas não determina poder de administrar em um ente federado, seria bom a Promotoria Local investigar pois o mesmo já possui duas condenações judiciais no município de Paço do Lumiar, o mesmo é conhecido como um dos irmão metralhas, quem leu os gibis de Walt Disney sabe muito bem o oficio desse moços (171).
    E o contribuinte paga caro pela incompetência dos atuais gestores e dos seus namoridos!!! Solução Urgente!!!!

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