JM
Cunha Santos
Criou-se
no Brasil a ilusão de que todas as panelas estavam cheias. Quase decretaram o
fim da classe pobre e a total hegemonia da classe média. Agora as panelas estão
batendo e dizem que são as panelas de uma tal “elite branca” que odeia o PT e
não sabe aonde fica a cozinha. A elite preta, segundo eles, vai muito bem,
obrigado. Mas, afinal de contas, por quem batem as panelas? Serão estas as
panelas de organizações políticas interessadas na queda da presidente Dilma, ou
são as panelas da revolta, do nojo diante de tanta corrupção.
Encheram
as panelas, sim. Dos executivos ladrões das grandes empreiteiras, dos
banqueiros, dos doleiros, dos políticos corruptos, seus emissários e
intermediários. O povo mesmo está comendo, sem sal, uma panelada terrível, uma
buchada intragável que junta corrupção, inflação, aumento nos preços dos
combustíveis, das contas de luz, das alíquotas do imposto de renda e cria
dificuldades no seguro desemprego. E o povo é obrigado a engolir tudo sem água,
porque além de energia elétrica, falta água também.
E
dizem que é tudo culpa de uma “elite branca” que odeia o PT porque este partido
fez opção pelos pobres. Que pobres? Alberto Youssef? Paulo Roberto Costa? Pedro
Barusco? Edison Lobão? Roseana Sarney? O fato é que o custo do rombo na
Petrobras daria para consertar e fazer funcionar todos os postos médicos em
petição de miséria deste país. Resolveria 100 vezes o grave problema da
educação no Maranhão e talvez no Brasil. E mais: as justificativas para tanta
corrupção passam a idéia de que, como houve roubo no governo do PSDB, o governo
do PT tinha direito adquirido para roubar muito mais. É isso mesmo? É possível?
Frigideiras,
caçarolas, papeiros, por quem batem as panelas? Não sei. Mas sei que a polícia
vai acabar batendo, e muito forte, com seus cassetetes na cabeça de um povo
cujo único erro é não mais suportar tanta corrupção.
Excelente e irretocável comentário. Parabéns!
ResponderExcluirVindo de inteligência tão privilegiada, só me faz sentir mais necessidade ainda de defender este país.
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