Com muito esforço e coragem, estamos corrigindo erros do passado na
gestão da saúde. A verdade é que, durante os últimos anos, os princípios e leis
que regem o Sistema Único de Saúde foram abandonados para favorecimento de
interesses privados dos poderosos e dos seus amigos. Isso pode ser demonstrado
por uma série de exemplos: perseguição a municípios; desperdício de dinheiro em
obras inexplicáveis e superfaturadas; fraudes em voos de helicópteros que
deveriam estar servindo aos pacientes, entre muitos outros absurdos.
A correção de rumos que estamos fazendo pode ser ilustrada pela
prioridade que estamos dando a problemas emergenciais antes esquecidos, como a
radioterapia dos pacientes com câncer na região tocantina ou a assistência aos
maranhenses que ainda precisam ir a Teresina. Do mesmo modo, quero destacar a
nossa luta, com o decisivo engajamento da bancada federal do Maranhão, para
minimizar o subfinanciamento do nosso sistema de saúde.
Na nossa meta de combater as injustiças que se acentuaram ao longo de
décadas no Estado, o tratamento igualitário e o fim das “portas fechadas”
para atendimento de pacientes de certos municípios são premissas pelos quais
prezamos diariamente. Agora, não existem mais “pacientes do município” ou
“pacientes do Estado” porque todo e qualquer maranhense que necessite está
tendo atenção do Estado, no limite da legalidade e dos recursos financeiros
disponíveis.
Neste conjunto de mudanças na saúde, quero destacar o foco que estamos
garantindo às questões atinentes às crianças. Decidimos ajudar a
prefeitura de São Luís com R$ 10 milhões para ampliação e reforma do Hospital
da Criança, com a meta de termos tudo concluído em 10 meses. A este recurso,
serão somadas parcelas do Governo Federal e da própria prefeitura, numa prova
de que a parceria é o melhor caminho para que mais ações positivas possam
ocorrer.
No leste maranhense, em Timon, visitei as obras do Hospital Alarico
Pacheco, que estavam paralisadas por omissões como a ausência de projetos e
licenças. Já corrigimos esses problemas e as obras estão avançando. Determinei
prioridade aos leitos de UTI, inclusive UTI Infantil, para que as crianças
possam ter mais cuidados. Ainda em Timon, autorizei o repasse de recursos para
a conclusão da maternidade do Parque Alvorada, para melhorar o atendimento das
mães e dos seus bebês.
Já em Caxias, colocamos fim ao disparate de uma cidade inteira ser
perseguida pelo delírio ditatorial reinante no passado. Com investimentos de R$ 9 milhões,
a Maternidade Carmosina Coutinho, que serve a Caxias e a dezenas de municípios,
pode agora contratar mais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e reequipar a
unidade. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado está auxiliando na capacitação das
equipes que lá trabalham na pediatria.
Em médio prazo, a cidade de Alto Alegre será uma referência forte no
Centro Maranhense para o tratamento pediátrico, com Hospital Materno Infantil
de Risco Habitual, que contará com uma Unidade de Cuidado Intermediário
Neonatal Convencional (UCINCo) e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal
Canguru (UCINCa), seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde.
E muito mais será feito, pois temos compromisso verdadeiro com as
crianças, com suas famílias e com as leis que regem o atendimento público de
Saúde no Brasil. Por isso, já pudemos apresentar novos investimentos que vão
contribuir para diminuir o caos instalado no setor. Só lamentamos que uma
obscena dívida de R$ 180 milhões na saúde, que herdamos do governo passado,
tenha impedido ainda mais medidas concretas.
Demos muitos passos em poucos meses para enfrentar essa
vergonha de termos uma mortalidade infantil que é o dobro da média
nacional. Não fechamos os olhos para a realidade porque temos ciência
do tamanho do desafio à nossa frente, que é tão gigantesco e belo como a vida
de uma única criança. Lutamos para que, até o final do nosso governo, todas as
crianças possam se sentir melhor cuidadas. Meu coração pertence a essa causa.
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