JM
Cunha Santos
Roseana e João Abreu |
Primeiro
foi a Alumar (Alcoa Billington) que foi apresentada ao povo como sendo a
redenção econômica do Estado. Hoje, a multinacional é mais uma fábrica de
demissões que de alumínio.
Depois
foi a Companhia Vale do Rio Doce, a transportadora de Carajás, a mina de ouro
inesgotável que, de passagem, deixaria rica a grande maioria dos maranhenses..
Mas, como previram os sociólogos, a única coisa que sobrou de toda essa riqueza
ao povo do Maranhão, foi o infernal barulho dos trens.
E,
finalmente, a Refinaria Premium. Petróleo, o ouro negro, refinado em Bacabeira,
na porta da capital do Estado, gerando 200 mil empregos diretos, trazendo para
cá uma legião incontável de gringos e investimentos estrangeiros, novos
empreendedores e empreendimentos milionários, a maior refinaria do país. Virou
um buraco, uma gruta enorme de corrupção, um aterro ou um enterro de esperanças
e ilusões, transformando-se no maior engodo da história do Estado.
Márcio Coutinho e Lobão |
Agora
é o bode. A criação de bodes. As novas raças, “Coutinho” e “Abreu”, que prometem
ser a redenção econômica do Maranhão. Desde que Roseana Sarney acabou com a
Secretaria de Agricultura não se ouvia falar de uma promessa econômica tão
forte no setor primário. A raça “Coutinho” é originária de um cruzamento de
Lobo da Montanha com Gato Escaldado ocorrido na Terra Santa. A raça “Abreu” é
pura. Do Maranhão mesmo, mas estranhamente produz melhor se criada em terreno
murado e não ao ar livre.
Embora
sejam bodes expiatórios que, portanto, veem ou viram tudo, são raças
silenciosas, não berram muito, o que dá tranquilidade aos criadores. Essas duas
raças estão provocando tumulto na economia e na política do Maranhão, o que já
chamou a atenção até da Polícia Federal, preocupada agora em guardar nossas
fronteiras para evitar uma evasão de caprinos.
E
segundo as últimas notícias, outras raças poderosas de bodes barbados estão
chegando ao Maranhão. Pelos Correios ou através de crédito em conta do BNDES.
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