Youssef, em depoimento
a parlamentares, diz que houve propina em contratos de Premium I
A CPI da Petrobras
aprovou nesta quinta-feira (14) requerimento que prevê visita técnica destinada
a colher informações sobre o cancelamento do projeto para construção da
refinaria Premium, no Maranhão. O pedido foi apresentado pela deputada federal
Eliziane Gama (PPS-MA) e aceito por unanimidade na comissão.
A ideia é formar um
grupo de parlamentares, entre eles a própria Eliziane, para inspecionar o
canteiro de obras do empreendimento, que foi cancelado em janeiro deste ano
pela Petrobras. Só na fase de projetos e de adaptação viária, a estatal gastou
R$ 2 bilhões.
Em depoimento à CPI,
ocorrido no início da semana em Curitiba, o doleiro Alberto Youssef disse que
houve pagamento de propinas para viabilizar a construção de Premium I. “A
confirmação de que houve suborno para que o contrato da Petrobras fosse firmado
com as empreiteiras levou a comissão parlamentar de inquérito a aprofundar a
investigação sobre a Premium I. A propina beneficiou políticos, empresários e
operadores do esquema de corrupção que se instalou na estatal do petróleo. É um
caso grave que tem agora total atenção do Congresso Nacional”, justificou a
deputada maranhense.
O doleiro Alberto Youssef
disse ainda que operou em negócios ilícitos com líderes do PP, PMDB e PT. No
Maranhão, Youssef revelou que o primeiro vice-presidente da Câmara, deputado
Waldir Maranhão (PP-MA), recebeu propinas da corrupção na Petrobras.
A data da visita
técnica da CPI da Petrobras ainda não foi definida, mas é provável que ela
ocorra em junho.
Sócios de doleiro
Os deputados da CPI da
Petrobras aprovaram ainda nesta quinta-feira (14) requerimento de Eliziane Gama
que convoca Rafael Ângulo Lopez para prestar depoimento na comissão.
Ele é réu na Operação
Lava Jato e também ligado ao doleiro Alberto Yousseff, De acordo com as
investigações, Lopez era funcionário da GFD Investimentos, empresa do doleiro.
Segundo as denúncias, Lopez ajudava Youssef a controlar a contabilidade das
operações. A GFD aparece nas apurações da Lava Jato como uma das empresas
usadas por Youssef para lavar dinheiro. O doleiro é acusado de chefiar um
esquema de desvio e lavagem de dinheiro, estimado em R$ 10 bilhões.
Por: Assessoria
de Imprensa do PPS
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