Editorial JP, 8 de maio
Durante encontro informal com jornalistas, o prefeito Edivaldo Holanda
Júnior deixou que transparecesse uma força vital para quem pretende disputar
uma reeleição nas circunstâncias que ora se apresentam: o ânimo de vencer, sem
o qual nenhum concorrente jamais chegou ao pódio das grandes disputas
eleitorais.
A fé do prefeito na honestidade de propósitos de sua administração, a fé
em Deus, que parece ser o condutor irremovível de todas as suas aspirações, sua
lealdade ao governador Flávio Dino permitem que ele faça uma análise fria do
atual momento, pesando os prós e os contras, que, a seu ver, o conduzirão à
reeleição. Sua administração enfrenta não só problemas, como, desde sempre, a
virulência do monopólio de comunicações do senador José Sarney. E sabe que não
será diferente com a postulação de reeleger-se prefeito de São Luís. O poder
dos ofuscantes holofotes miranteanos, calcados na novelesca e incontestável
audiência da Rede Globo, parece, nos dias de hoje, entretanto, um adversário
inconsistente, porque as lideranças desse grupo político estão praticamente
sedadas, principalmente no que se refere à capital do Maranhão.
O fracasso do governo Roseana em quase todos os setores da vida pública,
com sua imagem fulminada pelas investigações da Operação Lava Jato e por
desastres administrativos do tamanho de uma Refinaria Premium e do abandono das
obras da BR-135 desautorizam qualquer intentona eleitoral do grupo Sarney. E pode
ser que provoque queimaduras de terceiro grau em qualquer candidatura que deles
se aproximar. Com ou sem a audiência da Rede Globo.
Enquanto o Sistema Mirante aproveita os problemas da cidade e cava
rejeição eleitoral para o prefeito nas ruas de São Luís, ressente-se da
ausência do duto que transferia recursos públicos diretamente do tesouro
estadual para os cofres do jornal O Estado do Maranhão e de sua TV. Enquanto
espancam a imagem do prefeito “como quem bate em mala velha”, Edivaldo,
consciente das dificuldades e dos problemas da sua gestão, conversa sobre as
obras na área Itaqui-Bacanga, sobre a pavimentação do Jardim São Cristóvão,na
área do Aririzal e do Pontal da Ilha, na Cohama e no Turu, sobre as máquinas
que, garante ele, estarão pavimentando a maioria das avenidas e ruas de São
Luís nos próximos dias, sobre a licitação do Sistema de Transportes Públicos,
feitos históricos para esta cidade mesmo se contarmos todo o tempo passado
desde a revolução de Bequimão.
Assim, os adversários de peso do prefeito podem estar dentro de seu
próprio grupo político, não fora dele. É preciso analisar que, com toda a
mídia, gulosamente abastecida por recursos públicos, o que não acontece mais, o
grupo Sarney foi derrotado por Flávio Dino e que uma estratégia de comunicação
do mesmo quilate e no mesmo sentido os derrotará, mais uma vez, em seu próprio
campo de batalha. Mesmo porque, em São Luís, quase ninguém mais acredita no que
quer que ousem publicar.
O prefeito sabe que seu grande adversário político, neste momento, é a
crise econômica finalmente exposta no país, cujos efeitos mais danosos recaem
sobre as administrações municipais. Mas agora ele pode contar com uma parceria
do governo do estado, o que jamais aconteceu nessa cidade.
E é das realizações que ora se concluem nas áreas social, de saúde e
mobilidade urbana que vem o ânimo de vencer do prefeito Edivaldo Holanda
Júnior. Mas, para isso, terá que fazer a sua parte, tanto administrativa quanto
política. Apesar das ações municipais em andamento e das previstas, São Luís
ainda está cheia de problemas, e problemas que precisam estar resolvidos em
grande parte quando 2016 chegar. Sob pena de todo este projeto fracassar, mesmo
com toda a fé em Deus do prefeito Edivaldo.
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