Editorial
JP, 30 de maio
No
fim, o desejo de criar um clima de terror em meio à população de São Luís,
emerge dos atos consumados e manifestações conceituais do grupo Sarney. Não
bastasse terem transformado todos os jornais de sua TV em revista eletrônica de
crimes, no propósito indisfarçado de atingir o Sistema Estadual de Segurança e,
por tabela, o governador Flávio Dino, criam fatos só existentes na própria
imaginação tortuosa de quem deseja o mal para o Maranhão.
Para
começo de assunto, deram para fotografar cadáveres em outros estados e
registrar na imprensa como crimes ocorridos em São Luís. E, na mais exasperante
tentativa de ultrajar o governo, inventaram que a Secretaria de Segurança teria
proibido os policiais de andarem armados, ou os obrigado a recolherem o
armamento quando estivessem de folga. Esse conto das mil e uma noites, que só
cabe em cabeça de camarão seco, excedeu todos os limites, pois até deputados do
grupo Sarney se pronunciaram, eufóricos, sobre o desarmamento da segurança
pública do Maranhão. Esses deputados deviam era processar a imprensa de Sarney
por induzi-los a erro que depõe contra a atividade parlamentar.
O
assunto, conforme revelou em Nota a Secretaria de Segurança, nunca foi sequer
cogitado, menos ainda discutido e só pode ser encarado como desvario
constitucional de quem não tem qualquer conhecimento das leis do país. Mas é o
desejo, a vontade incontrolável de que aconteçam nos dias de hoje todas as
cenas de terror que aconteceram no decorrer do governo Roseana Sarney.
Já
tentaram induzir a polícia à greve, talvez até desejem que crianças peguem
fogo, ônibus e outros veículos sejam queimados e que caminhões caçamba sejam
jogados contra a Penitenciária de Pedrinhas, que volte a existir no sistema
penitenciário diretores que facilitem fuga de presos, redes sociais controladas
pelo crime organizado e tudo o mais que durante o governo Roseana deixou em
pânico a população.
Todo
esse esforço é inútil, pois fica cada vez mais claro que estamos diante de uma
nova polícia, que prende ladrões pobres e ladrões ricos, que combate a
agiotagem e escorraça pistoleiros, que investiga a corrupção – e polícia
investigando corrupção e prendendo corruptos é coisa que jamais foi vista nos
quase 50 anos de poder de José Sarney no Maranhão. Nem podia.
A
opção pelo terror revela um sentimento apátrida perigoso para esse Estado. Como
pode alguém imaginar uma história tão cabeluda quanto essa do desarmamento da
força policial e com que intenções se não a de provocar pânico, tumulto,
aterrorizar o povo. E há deputados que ainda se pronunciam sobre tamanha
estultícia! Nenhum povo, é certo, merece isso de seus representantes políticos
e nenhuma imprensa pode se deixar utilizar a esse nível de desaceleração
profissional.
Pior
é que nem podemos deduzir do que são capazes pessoas que fazem opção pelo
terror. Por enquanto tudo se limita à imprensa e aos discursos, mas ninguém
sabe o que ainda pode acontecer.
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