Por Jorge Vieira
Embora o deputado Adriano Sarney (PV) tenha
afirmado aos blog’s Marrapá e Clodoaldo Corrêa, no último final de semana, que
a ex-governadora Roseana Sarney, enrolada até o pescoço no esquema de corrupção
da Petrobras, sairá ilesa do processo que já levou para a cadeia o chamado
“Clube do Bilhão”, uma outra preocupação ronda o núcleo da família Sarney: a
possibilidade de uma deleção premiada do ex-chefe da Casa Civil, João Guilherme
Abreu.
O medo da família
Sarney é que João Abre, abandonado após o escândalo, para aliviar sua
situação no processo que investiga o pagamento da propina pelo pagamento do
precatório da empreiteira Constran, resolva falar tudo que sabe e entregar a
ex-governadora suspeita de ter embolsado a grana na reta final do seu
desastroso mandato. Comentam nos bastidores da política, por exemplo, que Abreu
não estaria disposto a pagar o preço do silêncio e arcar sozinho com as
consequências.
A ex-governadora,
além de ter sido citada nos depoimentos do ex-diretor de abastecimento da
Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef, como beneficiária
do roubo de R$ 88 bilhões que quase quebrou a estatal do petróleo, pesa também
contra ela o fato do secretário Chefe da Casa Civil, João Abreu, ser acusado
pelo doleiro de ter recebido R$ 4 milhões de propina como pagamento pela
liberação de um precatório da Constran, no valor de R$ 120 milhões.
Preso na operação
Lava Jato, Youssef, afirmou em delação premiada que o pagamento da propina foi
feito em três parcelas. Uma delas, no valor de R$ 1,4 milhão, teria sido paga
pelo próprio doleiro no dia em que foi preso pela Polícia Federal, em março de
2014, em um hotel da orla de São Luís. Á polícia, o doleiro confessou que
entregou o dinheiro a João Abreu e que o Chefe da Casa Civil agia em nome da
ex-governadora.
A situação da João Abreu após o final do governo
Roseana parece não ser das melhores. Diante da nova realidade reabriu o Armazém
Abreu no shopping em que é sócio de Jorge Murad, no Jaracaty. Conforme colheu o
blog, ele teme ser preso toda vez que algum empreiteiro concorda em abrir o
jogo e informar como funcionava o propinoduto. E por conta desta real
possibilidade passou a dormir no apartamento 202 do Flat Number One, na Ponta
D’areia.
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