O “homem da mala” do doleiro Alberto
Youssef diz também ter entregue R$ 500 mil ao tesoureiro do PT, João Vacari
Neto.
O entregador - Rafael Ângulo Lopez era o responsável na quadrilha pela
distribuiçãode dinheiro dentro e fora do Brasil(Jefferson Coppola/VEJA)
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O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada de Rafael Ângulo López,
braço-direito do doleiro Alberto Youssef. Como revelou VEJA em dezembro, Lopez distribuía propina oriunda de desvios em
grandes obras. Ele cruzava o país para fazer entregas em Brasília, Recife,
Porto Alegre, Curitiba, Maceió e São Luís.
As anotações de Lopez revelam uma parte importante
do esquema. O auxiliar de Youssef admitiu, por exemplo, ter entregado 500 000
reais a João Vaccari Neto na sede do PT em São Paulo, 50 000 reais ao senador
Fernando Collor (PTB-AL) e 900 000 reais à então governadora do Maranhão,
Roseana Sarney (PMDB), dentro do palácio local.
Em seus depoimentos, Lopez também citou a
empreiteira Odebrecht. Ele revelou ter entregue uma lista de contas bancárias a
Alexandrino Alencar, diretor de relações institucionais da companhia, para
permitir o pagamento de propina no exterior a integrantes do esquema.
A homologação da delação significa que Rafael
Ângulo Lopez apresentou elementos mínimos para sustentar suas acusações e,
assim, pleitear uma redução de pena em eventuais condenações. Agora, a corte
vai conduzir investigações sobre a participação de cada personagem citado pelo
delator. A considerar o teor dos depoimentos, o país também sairá ganhando.
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