Editorial
JP, 29 de maio
O
povo começa a se perguntar o que era a administração da senhora Roseana Sarney,
nos últimos cinco anos. Se, de fato, uma gestão governamental, com programas,
planejamento, obras, ou um aglomerado de pessoas organizadas contra o povo do Estado
do Maranhão. Golpes, fraudes, corrupção, propinas, favorecimentos,
enriquecimento ilícito dessa triste época vão surgindo de todos os lados.
E,
vejam só, até o “Viva Luz”, que se
esperava fosse um programa de benefícios para a população de baixa renda,
escondia um golpe. Sabe-se, agora, que a Cemar ia receber R$ 25 milhões no ano
de 2015, quando o custo das 30 mil contas do programa era de apenas R$ 1,6
milhão.
É
como se um carimbo de corrupção passasse por todos os gestos, todos os
documentos, todas as intenções dp governo. O mais novo escândalo são os R$ 34
milhões surrupiados à Univima, dinheiro da educação pública e que culminou com
a prisão de quatro pessoas na última quarta-feira. Uma auditoria constatou, também,
um rombo de 120 milhões ao ano na Saúde, há o rumoroso caso da Constran, as
propinas do esquema da Petrobrás, as terceirizações polêmicas no Sistema
Penitenciário e no Detran e, para que não se tenha mais nenhuma dúvida sobre o
que acontecia nesse Estado, fala-se, em todos os cantos, que o FBI pode estar
investigando pessoas do Maranhão envolvidas com a CBF (Confederação Brasileira
de Futebol. Corrupção Made in USA., vergonha internacional. Houvesse como fazer
isso legalmente, essa gente deveria ser responsabilizada criminalmente pela
pobreza desse Estado, pela pobreza do povo desse Maranhão.
Quando,
com Roseana ainda no governo, descobriram que a Secretaria de Trabalho e Ação
Social, através de convênio com uma entidade sem endereço, estava asfaltando
ruas num povoado que não existia, o Maranhão devia ter percebido que o problema
da corrupção no Estado era muito mais sério do que se podia imaginar. Quando
deparamos com dezenas de ônibus escolares escondidos num pátio do governo
enquanto milhares de crianças arriscavam a vida a pé ou em paus de arara,
alguém devia ter feito alguma coisa para deter aquele governo. Quando policiais
em greve denunciaram que faltava até combustível nos camburões da polícia, os
maranhenses deveriam ter concluído que a corrupção era a razão principal do
crescimento do crime organizado e da violência no Maranhão.
Nada era mais urgente que tirar esse pessoal do
poder, pois se os eleitores não chegam mais depressa, no momento exato em que
se acendeu uma luz no fim do túnel, eles teriam levado a lâmpada do túnel também.
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