Desde o dia 12 inauguramos oficialmente os festejos em homenagem a Santo
Antonio, São João, São Pedro e São Marçal. Na última sexta-feira, abrimos novos
arraiais, em dezenas de cidades, a exemplo dos que homenageiam os grandes cantadores
Donato, no IPEM, e Humberto, no Parque da Vila Palmeira, ambos na nossa
capital. Friso que os dois espaços foram reformados para uma boa recepção aos
brincantes. No caso da Vila Palmeira, a reforma ocorreu após a recuperação do
espaço público, que estava indevidamente privatizado há décadas.
Agora, a alegria se intensifica em todos os arraiais. Trata-se de um
momento ímpar no Brasil, no qual os maranhenses se enfeitam, dançam e espalham
poesias até o fim do mês de junho, quando a festa culmina na homenagem a São
Marçal, no João Paulo. E sempre é emocionante ouvir versos como os
imortalizados por Humberto: “No mês de Junho tem o bumba-meu-boi/Que é
festejado em louvor a São João/O amo canta e balança o maracá/A matraca e
pandeiro/É quem faz tremer o chão/Esta herança foi deixada por nossos avós/Hoje
cultivada por nós/Pra compôr tua história, Maranhão”.
Essa sensacional festa, que é construída por muitas mãos, é também um
grande momento de inclusão social. Milhares de maranhenses suam para fazer
bonito durante todos os dias de festejo, mas também garantem emprego e
circulação de renda mais intensas no mês de junho. A dimensão desse trabalho
pode ser mensurada quando nos damos conta de toda a economia cultural que gira
em torno de nossas festas.
Dados da Secretaria de Estado da Cultura servem como um parâmetro para
essa estimativa: em quatro arraiais apoiados pelo Governo do Estado estão
cadastrados 110 artesãos, que vão expor e vender seus trabalhos para os
visitantes. Em São Luís, mais de 200 barracas estão cadastradas nos arraiais
promovidos pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de São Luís. Se cada uma
envolver o trabalho direto ou indireto de 10 pessoas, somente nas barracas da
capital são 2.000 pessoas ocupadas. Se computarmos seguranças, técnicos de som
e luz, vendedores ambulantes, movimentos extras para taxistas e para setor de
turismo, empregos indiretos e os arraiais de outras cidades, facilmente vamos
chegar a mais de 10.000 postos de trabalho gerados pelas festas juninas.
Tudo isso fortalece a nossa decisão de investir permanentemente em nossa
cultura, o ano inteiro, não apenas em dois momentos especialmente festivos. Já
demonstramos isso com várias iniciativas como o apoio à Academia Maranhense de
Letras e o inédito edital de R$ 3 milhões para a produção de cinema no nosso
Estado.
Estar nos arraiais do Maranhão é uma experiência inigualável. Toda a equipe do
Governo do Estado se empenhou em oferecer o melhor aos maranhenses e aos
milhares de turistas que desembarcam para conhecer nossa cultura. Agora, é
chegado o tempo de brincar com nossos bois, ouvir ressoar os tambores, levar o
coração a bater no ritmo de matracas e pandeirões. Que todos tenhamos belas
festas para que o São João de 2015 seja momento de confraternização, alegria,
paz e encontros. Viva São João, São Pedro e São Marçal! Viva a cultura e as
brincadeiras do Maranhão!
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