Editorial
JP, 4 de junho
Um
editorial neste matutino, ainda nos primeiros dias do governo Flávio Dino, sob
título “30 dias - Instinto Social”, chamava a atenção para as medidas governamentais
que davam início à administração e de como incidiam sobre velhas aspirações e
sofrimentos da população e das comunidades mais carentes. Ali dizíamos que se
revelava instintiva a opção do governo e do novo governador pela promoção da
igualdade social, transparência e honestidade nos negócios públicos.
A
alavanca desse motor desconhecido nas engrenagens da administração pública do Maranhão
foi o Plano Mais IDH, o monumental desafio de reduzir os bárbaros índices sociais
do estado mais pobre da Federação. Um plano que trouxe em seu bojo o fim da
discriminação político-administrativa com que o governo Roseana Sarney
privilegiava apenas seus correligionários eleitorais, afinal um ato de
crueldade contra essas populações empobrecidas. Um programa destinado a por fim
às escolas de taipa, às escolas de palha, à tristeza irrecorrível nos galpões
da miséria para onde transferiram a educação. A esse, outros programas, como o
“Água para todos”, se acrescentaram.
Acima
da pobreza, todavia, outro mal corroía a dignidade e a vida do povo maranhense
e lhe aumentava superlativamente o sofrimento: A corrupção. Uma mentalidade
política concentrada no arresto de recursos públicos espalhava-se pelo estado
inteiro, patrocinando a fome, o desemprego, a falta de infraestrutura, a
marginalização social. Foi criada, então, a Secretaria de Transparência e
Controle que, paulatinamente, secretaria por secretaria, autarquia por
autarquia, está descobrindo quem e para onde desviavam o dinheiro do povo do
Maranhão. E alguns destes. (caso
Univima) inclusive agiotas e prefeitos, já foram parar na cadeia. A inacreditável realidade destas prisões,
nesse Estado, pode significar o fim do fardo da corrupção no Maranhão. O
governo também acabou com terceirizações que nada mais eram que uma fonte de
renda inesgotável para amigos do poder.
A
agricultura familiar, a essas alturas completamente desarticulada, ganhou novo
fôlego em apenas trinta dias. Um seletivo colocou mil novos professores nas
salas de aula e está incorporando centenas de policiais às reduzidas tropas da
PMMA.
Para
o Maranhão enterrado na pobreza, mais que quaisquer obras faraônicas ou engodos
mastodônticos do tamanho da Refinaria Premium, são as obras sociais o que o
importam, é o investimento em programas que garantam emprego e renda E o
governo garantiu, através do programa Mais Empresas, incentivos fiscais que
tornam o Estado mais atrativo aos investimentos. Como a redução dos impostos
sobre combustíveis para a aviação, visando estimular o turismo e a redução de
impostos sobre o óleo Diesel que está detendo o aumento nos preços das
passagens de transportes coletivos.
Acrescente-se
a isso a valorização dos servidores públicos com um reajuste de 13,5 % para os
professores e 19,5 % para os policiais (cabos e soldados) e verificaremos que, quase seis meses depois,
esse instinto social ainda se mantém.
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