terça-feira, 30 de junho de 2015

Querem fabricar uma crise entre a Igreja Católica e o governo do Estado para servir a Sarney

JM Cunha Santos

                     Dom Belisário, arcebispo metropolitano de São Luís
O evidente esforço de algumas pessoas em fabricar uma crise entre a igreja católica e o governo do Estado, alguns poucos ex-funcionários ilustrados de Roseana Sarney que militam em comissões pastorais, unidades eclesiais que têm todo o respeito da população, merece algumas reflexões.
Genericamente, o termo sacerdócio explica uma atuação que se cumpre religiosamente, em sacrifício pessoal e a favor da coletividade. Na definição eclesiástica, sacerdócio é a autoridade e poder concedidos por Deus aos homens para agir em todas as coisas relacionadas com a expiação dos pecados e a salvação da humanidade.
O sacerdote deve ser, portanto, comissionado por Deus e não por governos, como no caso do padre Roberto Perez Cordova, o que foi confirmado em Nota da Comissão Justiça e Paz que, estranhamente, o Arcebispo Dom Belisário assina como coadjuvante e não como autoridade máxima da Igreja Católica no Maranhão.
Tudo nesse episódio indica que querem forçar uma crise entre a igreja católica e o governo do Estado para alimentar o oposicionismo propineiro do grupo Sarney. Para começo de assunto, o áudio da reunião confirma que em momento algum naquela reunião o governador Flávio Dino achincalhou o padre comboniano. E mais: a reunião acontecia para tratar da prevenção e combate à tortura, o que demonstra, mais uma vez, a determinação do atual governo de acabar com o martírio em que se transformou o Sistema Penitenciário do Maranhão no decorrer do governo da Dra. Roseana.
Agora, dizer que o sistema penitenciário piorou em 2015, depois de mais de uma centena de assassinatos em 2013 e 2014, fugas, rebeliões, degolas e presos jogando futebol com cabeças humanas, crianças pegando fogo em praça pública, é coisa, realmente, de quem abandonou todos os sacerdócios para pecar com Sarney no purgatório das desgraças públicas.

Foi essa mentira que gerou a indignação do governador. E cabe ao Arcebispo Dom Belisário não aceitar o uso da Igreja para propósitos políticos mesquinhos. Principalmente porque se trata de uma congregação religiosa que muito lutou pela liberdade, pela justiça e pela verdade neste país.  

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