JM
Cunha Santos
Dom Belisário, arcebispo metropolitano de São
Luís
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O
evidente esforço de algumas pessoas em fabricar uma crise entre a igreja
católica e o governo do Estado, alguns poucos ex-funcionários ilustrados de Roseana
Sarney que militam em comissões pastorais, unidades eclesiais que têm todo o
respeito da população, merece algumas reflexões.
Genericamente,
o termo sacerdócio explica uma atuação que se cumpre religiosamente, em
sacrifício pessoal e a favor da coletividade. Na definição eclesiástica,
sacerdócio é a autoridade e poder concedidos por Deus aos homens para agir em
todas as coisas relacionadas com a expiação dos pecados e a salvação da
humanidade.
O
sacerdote deve ser, portanto, comissionado por Deus e não por governos, como no
caso do padre Roberto Perez Cordova, o que foi confirmado em Nota da Comissão
Justiça e Paz que, estranhamente, o Arcebispo Dom Belisário assina como
coadjuvante e não como autoridade máxima da Igreja Católica no Maranhão.
Tudo
nesse episódio indica que querem forçar uma crise entre a igreja católica e o
governo do Estado para alimentar o oposicionismo propineiro do grupo Sarney.
Para começo de assunto, o áudio da reunião confirma que em momento algum
naquela reunião o governador Flávio Dino achincalhou o padre comboniano. E
mais: a reunião acontecia para tratar da prevenção e combate à tortura, o que
demonstra, mais uma vez, a determinação do atual governo de acabar com o
martírio em que se transformou o Sistema Penitenciário do Maranhão no decorrer
do governo da Dra. Roseana.
Agora,
dizer que o sistema penitenciário piorou em 2015, depois de mais de uma centena
de assassinatos em 2013 e 2014, fugas, rebeliões, degolas e presos jogando
futebol com cabeças humanas, crianças pegando fogo em praça pública, é coisa,
realmente, de quem abandonou todos os sacerdócios para pecar com Sarney no
purgatório das desgraças públicas.
Foi
essa mentira que gerou a indignação do governador. E cabe ao Arcebispo Dom
Belisário não aceitar o uso da Igreja para propósitos políticos mesquinhos.
Principalmente porque se trata de uma congregação religiosa que muito lutou
pela liberdade, pela justiça e pela verdade neste país.
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