JM
Cunha Santos
O
vírus se espalha. Já é um surto, quase uma epidemia. Desde que o biogenepsicólogo
Eduardo Braide identificou o animal em sua cobaia predileta, Adriano Sarney, os
sintomas estão sendo detectados em quase todos os membros da família. E o
estranho é que a origem deles não é nenhum paraíso tropical, é sempre um
paraíso fiscal e aqui estaria sendo transmitido por brasileiros foragidos que
estudavam inglês em Miami.
Os
sintomas, além da febre do ouro, incluem delírios e alucinações. O velho Sarney
tem visões apocalípticas de pessoas sendo degoladas em presídios dirigidos pela
filha. Adriano vê exércitos, vê botas, vê divisas, fuzis e homens armados
botando pra correr o povo do Maranhão. E, segundo o Blog Marrapá, corre ele
mesmo da Polícia Federal.
Roseana
tem pesadelos com algemas, tornozeleiras, correntes, chaves, cadeados e acorda
assombrada pela imagem de Jeferson Portela trancando uma cela onde suas únicas
companhias são Edison Lobão, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Jorge Murad
sonha que um ciclone ataca seus cofres e milhões e milhões de dólares se
espalham pelo ar. Fernando Sarney, para todo lado que olha, vê agentes do FBI.
É
a Síndrome da Imunodeficiência Governamental Adquirida – a doença de quem não
dá mais ordens, de quem não é obedecido, de quem sente a necessidade de fugir.
Acontecem
também alucinações auditivas. Alguns jornalistas acham que ouviram o secretário
de Segurança dizer que vai desarmar a polícia. Mas é a patologia. O vírus é
devastador. Assim como o mosquito da dengue adora água limpa, os transmissores
dessa síndrome adoram dinheiro sujo. E morrem, se faltar.
A
cura para a Síndrome da Imunodeficiência Governamental Adquirida, segundo os
melhores cientistas, inclusive o biogenepsicólogo Eduardo Braide, está longe,
muito longe de ser encontrada. Apesar das pesquisas que estão sendo feitas
desde 1 de janeiro de 2015 na Ilha de \Curupu.
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