quinta-feira, 9 de julho de 2015

Assembleia: Tirem os índios daí

JM Cunha Santos


Desde que o governador Flávio Dino assumiu, o sarneisismo anda louco atrás de cadáveres. E não faz disso nenhum segredo. Até pessoas mortas em outros estados foram fotografadas e expostas como sendo do Maranhão na tentativa de desmoralizar o atual governo. O que foi publicado nas páginas do jornal de Sarney e imediatamente repreendido pela Secretaria de Comunicação do Estado.
Fizeram todo tipo de ilação e especulação em torno do desaparecimento de uma advogada no Fórum, levantando suspeitas de sequestro e assassinato e divagando em cima da opinião pública em torno da insegurança no Maranhão. Com problemas de dispersão sensorial, a advogada estava mais viva do que o lendário Reis Pacheco. Em outro Estado.
E cada um dos jornais da TV Mirante foi transformado, de uma hora para outra, em revista eletrônica de crimes, no intuito de responsabilizar o governo até por briga de vizinhos.
Agora, índios inocentes manipulados por empresários e deputados que querem arrancar nada menos que R$ 50 milhões dos cofres públicos, estão acorrentados e em greve de fome na Assembleia, enquanto outros índios comem churrasco distribuído pelo deputado Adriano Sarney na porta do Palácio dos Leões.
As correntes, associadas à fome prolongada, podem provocar embolia, insuficiência cardíaca, trombose e, queira Deus que não, o governo pode ter que lidar com o cadáver de um indígena dentro da sede do Poder Legislativo.
É tudo o que o sarneisismo quer! É a arma perfeita para longos dias de noticiário local, nacional e internacional contra o governo Flávio Dino. Além disso, o fato de ser empresário ou deputado não dá a ninguém o direito de sitiar instituições públicas, no caso, o Poder Legislativo do Estado do Maranhão. Principalmente usando pessoas relativamente inimputáveis e inocentes do que estão fazendo na mais bárbara manipulação.
Se existe uma pauta de reivindicações própria dos índios, que ela seja discutida e solucionada e dentro dos parâmetros da convivência democrática. Mas democracia é uma coisa. Falta de respeito, arrogância, fascismo, são outras bem diferentes. Essa gente precisa se acostumar com a ideia de que não é dona do Maranhão.
Por todas essas razões, a Presidência da Assembleia deve pedir aos índios que se retirem de lá. Se não conseguir, que chame a Funai, a polícia, a Polícia Federal e os retire, por mais doloroso que seja e para seu próprio bem.
As instituições públicas não podem ser subjugadas por ações terroristas de quem quer que seja. Acorrentar e induzir índios a greve de fome é uma prática próxima demais do terror.

É melhor lidar com uma notícia negativa agora que ficar na perspectiva de uma tragédia que, se acontecer, ganhará proporções continentais. E há um momento em que, acima mesmo de suas convicções políticas e democráticas, um governo precisa se defender.

Um comentário:

  1. Sr. Cunha Santos, imagine essa cena no governo Roseana, o que o senhor Escreveria? Já estou com o texto pronto na minha mente de como seria.

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