Após dois meses em greve, completados
nesta terça-feira (28), os docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE)
continuam mobilizados e pretendem intensificar ainda mais a luta no mês de
agosto, para avançar nas negociações com o governo e alcançar conquistas reais
para a categoria. Na pauta de reivindicações dos docentes, entre outros, está a
defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho e
ensino, garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira docente
e valorização salarial de ativos e aposentados.
Na Universidade Federal do
Maranhão(UFMA) os docentes aderiram à greve nacional no dia 10 de junho. Amanhã
realizam assembleia para avaliar a mobilização nacional e discutir medidas
administrativas e judiciais sobre o calendário acadêmico e a Resolução CONSAD
161, que segundo os docentes modificou todos os critérios para progressão e
promoção na carreira docente do Magistério Superior na UFMA.
Na última assembleia da APRUMA- Seção
Sindical do Andes – Sindicato Nacional, realizada no dia 23 de julho de
2015, os docentes reiteraram a rejeição à proposta salarial do GOVERNO e
apresentaram uma contraposta sobre o item de reajuste salarial. Os
docentes repudiaram, ainda, a não apresentação de propostas aos outros
itens da pauta e por isso decidiram manter e fortalecer a greve na UFMA.
CONTRAPROPOSTA
A contraproposta com base em análises
apresentadas pelo Comando Local de Greve da Apruma, para ser apreciada pelo
Comando Nacional de Greve do Andes e demais seções sindicais, considera que
mesmo com a reposição de 15,8% (distribuída em 2013, 2014 e 2015) os
servidores federais, até julho deste ano, acumulam uma defasagem de 23,07%
de acordo com o ICV-DIEESE e de 20,43%, de acordo com o IPCA-IBGE. Neste
sentido propõem ao governo: em janeiro de 2016: 20,43% + auxílio alimentação
igual ao do Poder Legislativo atual (R$ 784,75) + reajustes do auxílio creche e
do auxílio saúde conforme IPCA apurado até julho de 2015; em 2017: IPCA de
agosto de 2015 a julho de 2016 + aumento real de 2% + reajustes de auxílios de
acordo com o IPCA do período.
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