JM
Cunha Santos
À
medida que obras de pavimentação da Prefeitura, em parceria com o governo do
Estado, se espalham por São Luís e o nome do prefeito Edivaldo Holanda Júnior
cresce nas pesquisas eleitorais, os ataques do Sistema Mirante se tornam mais
violentos e também mais ridículos. É o pio da coruja velha e sem galho, um
sinal terrível de mau agouro contra o povo de São Luís. Até nas tiradas
literárias e novelescas do texto de ontem, no jornal O Estado do Maranhão,
percebe-se o dedo da coruja enrugada, dando banana para o prefeito, em total
desrespeito à autoridade constituída.
Dizia
o filósofo alemão Nietsche que a vontade de poder é mais forte que a vontade de
viver. Vai ver, já conhecia Sarney. Para que se explique isso, havia uma
suspeita antiga nos meios jornalísticos sobre o visível aumento do volume de
roubos de cargas e assaltos a bancos nos períodos de campanhas políticas no Maranhão.
Essa suspeita remonta aos duros tempos da associação de figuras políticas com o
crime organizado. Uma CPI mista do Congresso Nacional, com repercussão aqui no
Estado, implodiu essa caixa preta de compra de mandatos parlamentares para
garantir imunidades a pistoleiros e chefões do crime. No Maranhão, à época,
foram presos, dentre outros, os deputados José Gerardo e Chico Caíca e Davi
Alves Silva acabaria assassinado em Imperatriz.
Ora,
se tal trama visando imunidades foi possível, as coisas estranhas que começam a
acontecer no Maranhão depois que os Sarney deixaram o poder, podem muito bem
estar sendo tramadas nos socavões da política podre que durante muito tempo
orientou o poder no Maranhão. O caso dos índios na Assembleia o já comentado
aqui cavalo de Sarney, as bananeiras plantadas na via pública divulgadas hoje,
no mesmo jornal, tudo isso pode fazer parte de um plano bem articulado, com
gente paga e contratada, que inclua velhos cabos eleitorais e que,
desatentamente, estamos tratando como obra do acaso.
Dar
bananas para o prefeito, num rasgo de insolência típico da política do ódio,
deixar índios com fome na sede do Poder Legislativo e, agora, essa notícia do
sequestro de professoras que atuavam em aldeias indígenas, além do cavalo... é
muita coisa acontecendo junta para ser mera coincidência.
Como
ninguém o suporta mais na política, Sarney resolveu optar pela lavoura. Mas é
claro que não planta mais bananeira. Nada lhe permite ficar mais de cabeça para
baixo do que já está na política maranhense e na política nacional, inclusive
com os filhos quase todos na mira da Justiça do país.
Mas
que há uma sucessão de acontecimentos estranhos e muito bem organizados no
Maranhão, lá isso há. O problema é que quase sempre quem planta bananeira se
esborracha no chão.
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