Editorial
JP, 4 de agosto
Já
faz algum tempo que sociólogos identificaram no êxodo rural uma das principais
causas do aumento da violência nas grandes cidades brasileiras. Legiões e mais
legiões de homens do campo, quase sempre analfabetos, foram escorraçadas da
terra e atiradas nas grandes cidades, junto com suas famílias, sem as mínimas
condições sequer de disputar espaço nas assustadoras metrópoles ocupadas por
“especialistas” e doutores.
E
foram viver nas ruas, debaixo das pontes, em palhoças e palafitas, perdendo até
mesmo o desconforto do sol e o conforto da lua. Sem trabalho, sem dinheiro e
sem chão para plantar, ou iludidos por promessas de uma vida melhor, deram de
cara com a mais terrível de todas as dores: a fome. E o Maranhão se tornaria,
em poucos anos, campeão de trabalho escravo e pobreza absoluta.
E
foi esse, de fato, um dos caminhos para a explosão da violência nas grandes
cidades e capitais, pois muito dessa gente acabou envolvida com o crime. Uma
lei de terras editada ainda no governo Sarney, trouxe para o Maranhão grandes
empresas agropecuárias, grileiros, latifundiários e subsidiou culturas
devastadoras como as da soja e do eucalipto. No Maranhão e em São Luís, muita
gente foi tocada a ferro e fogo de suas choupanas, por guardas pretorianas e
pela própria polícia, por jagunços e pistoleiros protegidos de alguma forma
pela impunidade. São Luís acabaria inscrita nos organismos internacionais entre
as 15 cidades mais violentas do mundo.
Lemos,
agora, que nesse Estado a violência se reduz, cai o número de homicídios,
findaram-se as decapitações e diminuiu consideravelmente o número de fugas nas
penitenciárias. E isso acontece porque se fundou aqui uma nova mentalidade
política, de cuja preocupação social não se pode mais duvidar.
A
gênese da violência em São Luís e no Maranhão tem fulcro também na crise de
autoridade, posto que as principais autoridades do Estado até o ano de 2014
tiveram seus nomes envolvidos em corrupção e o combalido Maranhão não saía das
páginas policiais do país. Era a melhor situação para o surgimento de facções
criminosas, grupos racistas, supremacistas que se organizaram ao arrepio das
leis porque levados a crer que também tinham direito à impunidade.
Essa
gente, atormentada por um poder exercido aos pontapés e sem planejamento, mal
podia compreender a origem de tanta pobreza e tanta miséria; um poder exercido
sem qualquer filosofia de atendimento e proteção das classes menos favorecidas.
Em 7 meses do governo Flávio Dino a violência entra em curva descendente,
conforme deu conta com as “Notícias Alvissareiras”, o Jornal Pequeno, no
Informe JP.
De
fato, a pauta da corrupção e da violência foi substituída por uma pauta de esperanças
e realizações. Além do que o governador Flávio Dino protagoniza, entre os
demais governadores, a cena política nacional, liderando a defesa da
governabilidade, da estabilidade política e institucional no Brasil.
É
muito diferente de ter a governadora e senadores e filhos de senadores e secretários
e filhos de secretários protagonizando o noticiário policial do país.
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