Editorial
JP, 25 de agosto
Muito
do que, pelas mais alegadas razões, parecia impossível, está acontecendo em São
Luís. E, de tantos impossíveis, concluímos que tudo não passava de falta de
vontade política, porque, simplesmente, não havia a vontade de fazer. A Política, conforme concebida por
Aristóteles e outras sumidades, esbarrava, no Maranhão, em muros de confronto,
em barreiras ideológicas que sitiavam os interesses do povo e privilegiavam o
patrimonialismo, quase sempre em nome de uma hegemonia eleitoral.
Pecados
de um modelo político que, durante décadas, jamais permitiu qualquer
investimento na despoluição de nossas praias e no enfrentamento da fedentina
orgânica de um dos nossos cartões postais, a Lagoa da Jansen, no fim um
canteiro de doenças e péssima qualidade de vida afastando da quadricentenária cidade
dos azulejos os turistas e tapando os narizes da população. Era possível fazer.
E 12 dos 27 pontos de lançamento de esgotos na Lagoa da Jansen serão eliminados
nos próximos 60 dias. E mais de R$ 14 milhões estão sendo investidos na
despoluição de nossas praias.
Era
possível fazer e não fizeram. Não se permitiram sequer uma parceria
interinstitucional para pavimentar as ruas e
avenidas da cidade. Não quiseram perceber que avenidas interbairros,
para além dos ganhos em mobilidade urbana, impactariam a capital em termos de
desenvolvimento econômico e social, melhor qualidade de vida e geração de
emprego e renda. Estavam ocupados demais em não fazer qualquer tipo de
concessão às aspirações do povo.
A
política, ciência que conforme Aristóteles tem por objeto a felicidade humana e
divide-se em Ética (a felicidade
individual na polis) e Política (a felicidade coletiva na polis) desligou-se por completo, no
Maranhão, do bem comum. E por esse estupendo desvio de finalidade, pagaram os
povos de 217 municípios do Estado, incluindo o de São Luís. Mas, filosofias à
parte, o Imesc revela que o Maranhão foi o estado que mais gerou empregos no
mês de julho, a prefeitura e o governo do Estado são referência em
transparência e controle dos gastos públicos e não mais se lê por aqui notícias
de corrupção.
Como
se infere do artigo publicado no JP, no último domingo, pelo governador Flávio
Dino, os primeiros passos foram o restabelecimento de políticas sociais no
Estado, a rearticulação do sistema produtivo, a justiça tributária, obras
públicas (e não impublicáveis) e a Política
repõe, assim, no Maranhão e em São Luís, como objeto, a felicidade humana e o
bem comum.
E
São Luís, administrada com honestidade e transparência pelo prefeito Edivaldo,
à conta também de parcerias com os governos estadual e federal, escapa à lógica
do impossível, reconstrói-se como destino turístico, livre das barreiras do
patrimonialismo, da lama fechada e de perseguições unilaterais. Porque no
Maranhão não se terceiriza mais o futuro do povo, não mais se recolhem impostos
e transferências federais para contas secretas.
O
impossível, afinal, era tão-somente uma patranha daqueles que não queriam
deixar o possível acontecer.
SÃO LUIS E O MARANHÃO TEM JEITO, FALTAVA VONTADE POLÍTICA. E UNIÃO DOS GESTORES! MAIS NOSSO MARANHÃO TA CHEIO DE MAZELAS, NOSSO IDH AINDA NOS ENVERGONHA.
ResponderExcluir"AVISO"
ResponderExcluirA MANIFESTAÇÃO "FORA ARLINDO CARVALHO" FOI CANCELADA, EM VIRTUDE DO NOSSO COMPETENTE SECRETÁRIO DE CULTURA FELIPE CAMARÃO. TER ATENDIDO ÀS NOSSAS REIVINDICAÇÕES, AGRADECEMOS A TODOS!
A LUTA CONTINUA!