quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Braide denuncia que o Governo Federal vai cortar R$ 25 bilhões dos programas sociais

Da Agência Assembleia


O deputado Eduardo Braide (PMN) denunciou, na sessão desta quarta-feira (30), que o Governo Federal vai cortar R$ 25 bilhões dos recursos destinados aos programas sociais, em vez de ficar apenas no ajuste fiscal já anunciado pela presidente Dilma Rousseff. O parlamentar disse que a própria presidente havia dito que a única área que não seria afetada seria a social, mas as tesouradas já começaram e atingem principalmente áreas da saúde previstas no orçamento do próximo ano.
Além do corte de R$ 25 bilhões, somente na área social, Eduardo Braide afirmou que resolveu tratar do assunto depois que tomou conhecimento que o Governo Federal também vai zerar o repasse para a Farmácia Popular em 2016. O parlamentar contou que viu uma reportagem no jornal da Rede Globo, na qual uma senhora que comprava um remédio para colesterol na Farmácia Popular por dois reais, no ano que vem vai pagar R$ 70,00 pagando pelo mesmo remédio na mesma rede de farmácia.
Braide revelou que a maioria dos clientes da Farmácia Popular é formada por aposentados, os mesmos que tiveram o reajuste vetado recentemente pelo Governo Federal. “Foi vetado pela presidente da República e agora ela vem com esse pacote de maldades: zera o repasse para a Farmácia Popular para o ano de 2016. Serão atingidos os remédios para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais, fraldas geriátricas e outras”, relatou.
De acordo com o parlamentar, o Governo Federal decidiu também cortar recursos para ações de média e alta complexidade, o que vai sobrecarregar os sistemas públicos de saúde dos Estados e dos municípios, afetando as cirurgias eletivas, internações, hemodiálise, principalmente nas entidades filantrópicas e nas entidades hospitalares que têm convênio com o SUS.
Eduardo Braide defendeu a mobilização da bancada federal maranhense na Câmara e no Senado da República, para que não deixe passar o projeto de orçamento da forma original como foi encaminhado pelo Governo Federal. O parlamentar lembrou que há poucos dias a Casa recebeu, na Comissão de Saúde, representantes das entidades filantrópicas da APAE, da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital Aldenora Belo, falando da defasagem que já existe na tabela do SUS.
“Não se contentando com isso, o Governo Federal agora anuncia que vai cortar o repasse ainda mais, da ordem de R$ 3,8 bilhões, para os hospitais universitários, as Santas Casas de Misericórdia e as entidades filantrópicas. Então, praticamente o que o governo quer é fechar o atendimento de saúde, principalmente paras os pobres do nosso país”.

Uma das propostas em estudo em Brasília seria direcionar parte dos recursos do seguro DPVAT para a saúde, para tentar equilibrar as finanças da saúde e fazer com que não haja esse corte, principalmente na farmácia popular e no atendimento de alta e média complexidade.

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