A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu nesta quarta-feira (2) ao
STF (Supremo Tribunal Federal) a prorrogação do prazo de investigação em onze
dos 25 inquéritos em tramitação para investigar a participação de políticos no
esquema abordado pela operação Lava Jato. No total, nove políticos devem
continuar sob a mira da PGR por mais 60 dias, entre eles o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-ministro e senador Edison Lobão
(PMDB-MA).
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, precisa
autorizar agora os pedidos feitos pela Procuradoria. As investigações tiveram
início na primeira semana de março e já foram prorrogadas outras duas vezes.
Os pedidos de prorrogação apresentados hoje ao Supremo incluem, além de
Renan e Lobão, inclui os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Fernando Bezerra
(PSB-PE), os deputados Simão Sessim (PP-RJ), Aníbal Gomes (PMDB-CE) e José
Mentor; e os ex-deputados Roberto Teixeira (PP-PE) e João Pizzolatti (PP-SC) -
este alvo de quatro inquéritos.
Dois dos três inquéritos nos quais Renan Calheiros é alvo tramitam em
conjunto e constam na nova leva de prorrogação. A terceira investigação, que
envolve mais de 30 políticos por suposta formação de quadrilha, ainda não teve
solução apresentada pela PGR até o momento. A expectativa de fontes que
acompanham os inquéritos é de que procuradores tomem soluções diversas para
cada grupo de políticos investigados por formação de quadrilha, o maior da Lava
Jato no STF, com possível desmembramento.
Além de pedidos de prorrogação, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pode pedir arquivamentos de investigações ou oferecer denúncias -
acusações formais.
Antes dos pedidos de prorrogação, Janot já apresentou outras três
soluções: oferecimento de denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e contra o senador Fernando Collor (PTB-AL) e arquivamento de
investigação sobre o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG).
Ainda não foram apresentadas as conclusões sobre onze inquéritos,
portanto. A expectativa é que sejam apresentados novos pedidos de arquivamento
e oferecidas denúncias nos próximos dias. Além da investigação sobre quadrilha,
o procurador-geral da República deve se posicionar sobre a respeito, por
exemplo, da ex-ministra e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), do senador Humberto
Costa (PT-PE), do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e de uma investigação que
inclui Lobão e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney, entre outros.
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