JM
Cunha Santos
Duas
bombas financeiras de efeito retardado caíram no colo do governo Flávio Dino, a
título de herança maldita deixada pelo governo Roseana Sarney. A primeira delas
vem dos servidores do Poder Judiciário, uma reposição salarial de 21,7 % que,
se paga, removerá dos combalidos cofres do Estado a espantosa cifra de R$ 5
bilhões.
Contra
essa situação a ex-governadora apelou para a Justiça e também o atual governo
considera impraticável despejar a monumental quantia nos contracheques de uma
única categoria funcional. O Sindicato dos Servidores da Justiça, no aguardo de
uma decisão judicial que lhes seja favorável, ameaça com a decretação de greve
por tempo indeterminado.
A
segurança pública foi simplesmente sucateada no último governo. Em termos de
efetivo policial, o menor do país por habitantes, salários, insegurança,
superlotação, falta de cadeias públicas, fugas, barbárie, terceirizações
direcionadas e deu no que deu. São Luís se tornou uma das cidades mais
violentas do mundo.
Um
grito mais alto vinha também da Polícia Civil. Com salários defasados, péssimas
condições de trabalho e cortes em direitos e garantias que são próprios da
profissão. O governo Flávio Dino agiu de imediato, aumentando o efetivo da
Polícia Militar, concedendo reajuste de 20 a 38 % para a Polícia Civil, o maior
do Brasil, adequando os salários dos delegados às exigências da isonomia
salarial e garantindo ao corpo todo da Polícia Civil conquistas como
Gratificação de Natureza Técnica, adicional de insalubridade que será
implantado na folha de setembro com retração a 8 de junho, abono de permanência
aos policiais que antes só conseguiam o reconhecimento pela via judicial.
No
caso dos servidores do Judiciário, o simples enunciar de uma cifra
correspondente a R$ 5 bilhões leva a pensar na inviabilização de todas as
demais ações e projetos governamentais; no caso dos policiais civis, não nos
parece que a distância entre o salário de um agente e o salário de um Delegado
deva servir de motivação para uma greve. E quanto aos retroativos da Polícia
Civil, a quanto monta essa quantia até aqui não assinalada?
O
governador tem sido cético no tratar dos dois assuntos, afirmando e reafirmando
que não pode e não vai quebrar o Estado. E o montante de recursos exigíveis
para atender as duas categorias sugere que, na esteira da mais grave crise
econômica do país dos últimos tempos, o Estado pode realmente quebrar.
O
fato é que categorias funcionais as mais diversas pagaram um preço muito alto
no correr do governo Roseana Sarney com o desprezo do Estado para com os
servidores públicos. A Polícia Militar, a Polícia Civil, os servidores da
Justiça, os professores, os agentes de saúde etc.. O governador Flávio Dino,
indubitavelmente, age para consertar todos os crimes cometidos contra o
funcionalismo no Maranhão. Mas, por maior que lhe seja a boa vontade, não
existem recursos disponíveis para consertar tudo de uma vez.
Por
enquanto é receber as primeiras soluções, aguardar as que certamente ainda
virão e lembrando sempre que até o ano passado a situação era muito pior e nada
indicava que, sem uma radical mudança de mentalidade governamental, pudesse
melhorar.
Vc fala como se os 21,7 custassem 5 bilhões do orçamento. Se os servidores já recebiam esse valor a mais de 1 ano atrás, então como o tribunal pagava esse montante com um orçamento menor q 1 bilhão de reais? Me conta como era essa mágica? Vcs estão faltando com a palavra
ResponderExcluirEssa herança maldita acaba um dia...
ResponderExcluirESSA MUDANÇA MALDITA É QUE NÃO SABE GOVERNAR. ESSE MÁRCIO JERRY,VAI ACABAR DE ENTERRAR O MARANHÃO.
ResponderExcluir