Editorial
JP, 3 de outubro
A
violência em São Luís, terceiro lugar no ranking de todas as capitais
brasileiras, no ano de 2014, último do governo Roseana Sarney, assim como o
fato de neste ano ser São Luís a cidade com maior número absoluto de lesões
corporais seguidas de morte, é bem mais velha do que sugere o anuário.
Em
2013, conforme lembrou o deputado Raimundo Cutrim, São Luís foi considerada a
cidade mais violenta do Brasil e a 15 em todo o mundo. São dados que nos
devolvem as notícias de desmantelamento do Sistema de Segurança Pública do
Maranhão.
Cabe
relembrar aqui o sufoco da população desprotegida do Estado desde 2011, quando
a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros entraram em greve e cerca de 2.000 militares
ocuparam a Assembleia Legislativa. Ao mesmo tempo, o Maranhão se espantava com
a longevidade da greve dos Delegados de Polícia, eles também exercendo suas
funções com salários defasados; eles também desrespeitados por um governo que
passava da hora de sucumbir. A toda hora o governo Roseana prometia o
realinhamento salarial dos servidores públicos estaduais, o que, de acordo com
reiteradas declarações, incluiria as forças públicas de segurança. Mas só
prometia.
E,
assim, o governo Flávio Dino herdou o caos no sistema de segurança, com todas
essas estatísticas e outras que não foram compiladas. Herdou o “Caldeirão do
Inferno” que era a Penitenciária de Pedrinhas, herdou uma São Luís sitiada pelo
crime organizado, municípios invadidos pelo tráfico e forças policiais
descontentes e humilhadas pela intransigência e incompetência que o antecedeu.
Muitas
providências foram tomadas, logo no início do governo Flávio Dino, para refrear
esse clima de tensão e de terror. Os salários dos PMs, dos bombeiros, dos
delegados, dos agentes da Polícia Civil foram realinhados para maior, ao
tamanho do valor incontestável de suas funções. Não se destacam mais
secretários, eminências pardas ou altos funcionários para enrolar com promessas
jamais cumpridas os agentes da segurança pública.
E
a sociedade queda, perplexa, com o descaramento dos prepostos de Roseana
Sarney, querendo responsabilizar o atual governo por uma violência que é deles,
gerada por eles e deles foi herdada desde 2011. Foi este o ano no qual quase
todos os funcionários do sistema de segurança, não suportando mais o
encolhimento de seus salários, os recorrentes atentados à dignidade de suas
funções e a insegurança que eles mesmos viviam, decidiram entrar em greve e
confrontar esse exaustivo poder. Contra eles chamaram a Guarda Nacional, o
Exército. Essa foi a resposta que o governo Roseana lhes deu.
Pois
fiquem eles com sua violência. Ela é velha, é deles e ninguém pode nem quer
tomar.
Com toda razão, este recorde negativo e deles e tão somente deles! Ao contrário, neste ano de 2015, finalizado os noves primeiros meses do ano, em nossa região metropolitana estamos com 64 homicídios a menos que em igual período do ano passado, ou seja, uma redução próxima dos 10% quado vverificado este indicador de violência letal! Verdade essa que muitos omitem ou fingem não ter ocorrido....
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