Calúnia, difamação, divulgação de
material confidencial, espionagem industrial, apologia ao crime, pornografia.
Segundo o delegado Odilardo Muniz, do Departamento de Combate ao Crime
Tecnológico, o Maranhão se preparou para o combate aos crimes cibernéticos.
Por: Anselmo Oliveira e Isadora Fonseca -ASCOM SSP
Diante dos avanços tecnológicos, as pessoas utilizam
a internet como meio de informação, de lazer, de estudos, de compra e venda
etc. E os meios para se ter acesso a internet são cada vez maiores e dinâmicos.
Atualmente, pode-se acessar a internet não só de um computador, mas também
pelos celulares, tabletes, entre ou
tros instrumentos utilizados na rotina
diária das pessoas.
Porém, apesar das facilidades e benefícios
oferecidos pela internet, esse cenário também se tornou alvo da prática de
crimes. Com a evolução da web, os crimes já tipificados pelo Código Penal
passaram a ser praticados também no meio virtual e novas modalidades surgiram,
algumas delas nem sequer previstas no CP.
Tendo ciência desses novos tipos de criminalidade, o
estado do Maranhão vem se preparando a cada dia para combater os chamados
“Crimes Cibernéticos”. Uma das principais iniciativas foi a criação do
Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT), vinculado a
Superintendência Estadual de Investigação Criminal (SEIC), atualmente
coordenada pelo Delegado Odilardo Muniz.
Apesar dos desafios, soluções estão sendo
apresentadas como o uso das novas legislações, treinamentos
para policiais, cooperação técnica, e desenvolvimento de novos dispositivos de
acesso, entre outras consideradas necessárias ao acompanhamento da expansão da
internet, com vistas a formas mais eficientes de prevenção.
Segundo o delegado Odilardo Muniz, os crimes
cibernéticos podem ser cometidos por meio de várias esferas: clonagem de
cartão, invasão de computadores para captura de senhas de banco, invasão de
dispositivos para conseguir segredos industriais, além dos delitos que são
cometidos via informática como, por exemplo, a difamação injuria e calunia.
Ainda de acordo com o delegado Odilardo, não se
trata de crimes “virtuais”, mas sim de crimes reais cometidos em ambientes
virtuais. “A clonagem de cartões de credito, de acordo com a Lei Carolina
Dickman (Lei 12.737) tornou o delito falsidade de documento. “A internet é
somente o canal, o suporte para a prática de crimes, via de regra, já previstos
e que normalmente são realizados em ambiente não virtual”, afirmou o delegado.
Entrevista:
Delegado Odilardo Muniz |
Como as redes sociais auxiliam o
trabalho da Policia Civil no Combate a esse tipo de crime?
As redes sociais são ferramentas utilizadas com
frequência para investigações no intuito de desvendar crimes e identificar
pessoas que comentem esse tipo de delito. É um trabalho que requer paciência da
polícia. Um trabalho realizado em equipe e que não é tão simples quanto parece.
Entre os casos mais comuns estão publicações de
pessoas que estão cumprindo pena em presídios e, mesmo assim, continuam usando
a internet, ou até mesmo na localização de suspeitos de crimes como roubos e
furtos. A maioria desses criminosos postam fotos com armamentos e dinheiro. A
Polícia está sempre se aprimorando em relação às novas tecnologias.
Como as pessoas que utilizam essas
ferramentas podem se prevenir desse tipo de crime?
Se você utiliza seu computador para acessar sua conta
bancaria, o mesmo não pode ser ultizado para jogos on line, por que isso
facilita a invasão de Hackers. É importante manter o seu antivírus sempre
atualizado.
Como evitar sofrer prejuízos nas compras
efetuadas pela internet?
Bom, existem diferentes tipos de compras na
internet. Existem lojas virtuais e existem em aplicativos de celular, um
exemplo é o “GEEK” – um aplicativo japonês, bastante seguro. É necessário que o
consumidor, antes de fazer qualquer compra tenha referências. Uma dica é acessa
o “Reclame Aqui”, para saber se aquela empresa tem uma boa reputação na
internet. É Sempre importante utilizar em sites de compras o PAC seguro. Ele
funciona como um intermediário na hora da compra.
Qual dica o senhor dá para quem quer se
proteger desses crimes cometidos por computadores?
Nunca utilizar senhas de e-mails iguais às senhas de
redes sociais (facebook, instagram, twitter). O ideal é que cada ambiente tenha
uma senha diferente causando, assim, dificuldades do possível Hacker invadir
sua privacidade. Evitar datas de nascimentos data de aniversário e nomes de
familiares.
Segundo o delegado Odilardo Muniz, é extremamente
importante nunca deixar salvo dados bancários no seu computador ou aparelho
celular e, se possível, utilizar outro computador para acessar sua conta
bancaria ou até fazer movimentações. Também evitar limites muito altos para
fazer transferências e manter sempre seu notebook e celular com o sistema de
segurança ativo por meio de senha ou antivírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário