Do G1
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta
terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do
presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. A PF
também cumpriu mandados em endereços do peemedebista no Rio de Janeiro. A ação,
batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava
Jato. Ao menos 12 policiais e três viaturas foram deslocados para a casa
de Cunha em Brasília, que fica na Península dos Ministros.
De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 53
mandados de busca e apreensão, referentes a sete processos da Lava Jato. O
principal objetivo da PF é evitar que investigados destruam provas.
Também são alvos de mandados de busca e apreensão o
deputado federal Aníbal Gomes(PMDB-CE) e o senador Edison Lobão (PMDB-MA),
também investigados pelo Ministério Público Federal.
A busca na residência de Cunha foi autorizada pelo
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O objetivo da operação é coletar
provas nos inquéritos que apuram se o presidente da Câmara cometeu os crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Cunha já foi denunciado pela Procuradoria Geral da
República ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro, devido à suspeita de ter
recebido pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda
pela Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia.
Cunha também é alvo de inquérito que apura suspeitas
de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de quatro contas na Suíça
atribuídas ao parlamentar. A existência das contas é apontada em documentação
enviada à Procuradoria Geral da República pelo Ministério Público suíço.
Desde que surgiram as primeiras suspeitas contra
Cunha, o parlamentar sempre negou participação no esquema de corrupção
investigado pela Lava Jato. Sobre as contas no exterior, ele afirma não ser o
titular, e sim “usufrutuário”, delas.
Nesta terça, a assessoria do presidente da Câmara informou
que ele está na residência oficial e que um de seus advogados acompanha o
trabalho da PF. A princípio, a defesa de Cunha informou que não irá se
manifestar porque ainda está tomando conhecimento da decisão.
Lobão e Aníbal Gomes
O senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA) teria pedido, segundo delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, entregar R$ 2 milhões a Roseana Sarney para a campanha do governo do Maranhão em 2010. Na época que a denúncia veio à tona, a defesa do senador informou que não se manifestaria.
O senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA) teria pedido, segundo delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, entregar R$ 2 milhões a Roseana Sarney para a campanha do governo do Maranhão em 2010. Na época que a denúncia veio à tona, a defesa do senador informou que não se manifestaria.
Documentos obtidos pelo Jornal Nacional em julho,
também apontam que o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, declarou que
pagou R$ 1 milhão para Lobão no período em que ele foi ministro de Minas e
Energia. Pessoa afirmou que procurou Lobão para pedir que houvesse ingerência
política em favor dos interesses do consórcio responsável pelas obras da usina
nuclear Angra 3.
Em setembro, o deputado Aníbal Gomes foi denunciado
pelo procurador-geral da República,Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal
(STF) pelo crime de falsificação de documentos para fins eleitorais. De acordo
com o procurador, o parlamentar admitiu, em depoimento dentro de inquérito da
Operação Lava Jato dado no dia 27 de agosto, que fraudou a prestação de contas da
campanha das eleições do ano passado.
A denúncia aponta que Aníbal Gomes apresentou
prestação de contas da campanha eleitoral do ano passado e afirmou ter feito
doações mediante depósitos em espécie para a própria campanha no montante de R$
207,4 mil. No entanto, afirma o procurador, no depoimento o deputado afirmou
que dos mais de R$ 200 mil, “pelo menos R$ 100 mil” eram na verdade provindos
de doações.
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