JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
As teles, por meio do Sinditelebrasil, afirmam que cumprirão a
determinação judicial que passa a valer a partir de 0h desta quinta (17).
A medida foi imposta pela 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo por
meio de uma medida cautelar, mas o autor da ação está mantido sob sigilo.
A Folha apurou que o pedido não foi feito pelas teles, que há alguns
meses travam uma disputa comercial com o WhatsApp.
O bloqueio foi solicitado às teles dentro de uma investigação sobre
“quebra de sigilo de dados”. Os operadores supõem que se trate de uma
investigação policial.
CASO ANTERIOR
Em fevereiro, um caso parecido ocorreu no Piauí, quando um juiz também
determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil. O objetivo era forçar a empresa
dona do aplicativo a colaborar com investigações da polícia do Estado
relacionadas a casos de pedofilia.
A decisão foi suspensa, porém, por um desembargador do Tribunal de
Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado por companhias de
telecomunicações.
PIRATARIA
As teles já vinham reclamando ao governo que é preciso regulamentar o
serviço do aplicativo, que faz chamadas de voz via internet. Para elas, esse é
um serviço de telecomunicações e o WhatsApp, e demais aplicativos do gênero,
não poderiam prestar porque não são operadores.
Recentemente, o presidente da Vivo, Amos Genish, disse em um evento que
o aplicativo prestava um serviço “pirata” e defendeu regulamentação.
“Não tenho nada contra o WhatsApp, que é uma ferramenta muito boa, mas
precisamos criar regras iguais para o mesmo jogo”, disse.
“O fato de existir uma operadora sem licença no Brasil é um problema”,
afirmou Genish, em referência ao serviço de voz do aplicativo.
Para o executivo, o WhatsApp estaria funcionando, na prática, como uma
operadora de telefonia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário