Editorial
JP, 28 de janeiro
Símbolos
estereotipados de pobreza e atraso econômico e que inspiraram algumas das mais
belas páginas da literatura e do cancioneiro nacionais (Triste partida,
Patativa do Assaré; Vidas Secas, Graciliano Ramos, por exemplo) nos estados do
Maranhão, Ceará e Piauí desembocam, como rios correndo para o Atlântico,
algumas das mais fortes emoções culturais do Brasil. Esses estuários de belezas
e pobrezas indizíveis estão agora, no dizer do governador Flávio Dino, “na
vanguarda do pensamento brasileiro de modernização e transformação nessa hora
de dificuldades no país”.
Reinauguram
a “Rota das Emoções”, na ideia do governador do Piauí, Wellington Dias, uma
hora de “reestruturar destinos”, com todas as implicações que a expressão possa
ter; no pensamento do governador do Ceará, Camilo Santana, a oportunidade de
qualificação da mão de obra e de cuidar da “infraestrutura de nossos destinos”,
até aqui solapados pelas desigualdades regionais.
Uma
rota de emoções que incluirá esculturas extasiantes da natureza, como os
Lençóis Maranhenses, para muitos a oitava maravilha do mundo, mas que o mundo,
por ausência de uma rota emocional, muito pouco viu. Uma rota de emoções capaz
de abrir ao meio o Delta do Parnaíba, o Delta das Américas e misturar, no mesmo
tonel de sentimentos, todas as praias agarradas do litoral norte do Ceará.
Um
caminho irresistível aos olhos e à memória que, no confronto com as águas de
março, logo chegará à ITB Berlim, maior feira de turismo de aventuras do mundo.
A
ideia de juntar emoção e sonho de desenvolvimento, através da unidade de três
estados do sacrificado Nordeste brasileiro, redescobrindo a poderosa indústria
do turismo, é como por energia em movimento; energia de quem precisa crescer
dentro da crise, fugir da crise, para melhorar o ambiente humano, salvaguardar
condições de vida, reescrever modelos político-econômicos capazes de vencer
desigualdades sociais.
E,
se apalavra chave é destino, que bem melhor sejam os destinos do Piauí, do
Ceará e do Maranhão, pois “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só;
sonho que se sonha junto é realidade”. Realidades que recebem o apoio da
Embratur e do Ministério do Turismo. Realidades de Barreirinhas, Paulino Neves,
Araioses, Tutoia e Santo Amaro; de Ilha Grande, Parnaíba, Luís Correia,
Cajueiro da Prata; de Barroquinha,
Camocin, Chaval e Jijoca de Jericoacara. Uma espiral turística e
cultural inesgotável, uma oportunidade econômica imprescindível na transformação
de realidades tão velhas.
Sem
dúvida nenhuma, vai ser emocionante trilhar pela Rota das Emoções.
Essa uma boa oportunidade de crescimento dos estados para o turismo, que mais temos que vê a ecoturismo
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