Maria Aragão morreu em São Luís, aos 81
anos, no dia 23 de julho de 1991
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A Secretaria de Estado da Ciência,
Tecnologia e Inovação (SECTI) lança, nesta sexta-feira (22), o livro autobiográfico
da médica Maria José Aragão – “Maria por Maria” ou “A Saga da Besta Fera nos
porões do Cárcere e da Ditadura”. O livro é uma edição especial dos Cadernos
Maria Aragão de Tecnologias Sociais, publicado pela Editora Engenho, e tem como
autor o jornalista e professor-mestre Euclides Moreira Neto.
Para o secretário, Bira do Pindaré, a
publicação é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Maria Aragão, que
atuou de forma significativa na busca de uma sociedade mais justa e
igualitária. “A sua atuação é referência para todos nós que queremos um
Maranhão melhor. A publicação vem com um material inédito que deve despertar um
grande interesse do público”, disse o secretário.
O livro, com 346 páginas, reúne o
conteúdo de uma série de entrevistas concedidas por Maria Aragão ao jornalista
Euclides Moreira Neto, no ano de 1988, cuja transcrição foi realizada logo após
sua morte, ocorrida no mês de julho de 1991. Na época em que as entrevistas
foram concedidas, Euclides realizava pesquisa para fundamentar o enredo
carnavalesco desenvolvido pela escola Favela do Samba, que a homenageou no
carnaval de 1989, com o tema “O Sonho de Maria”.
Toda série de entrevistas, segundo
Euclides Moreira, foi gravada em vídeo no sistema VHS, o que, naturalmente,
torna o material audiovisual bastante vulnerável e efêmero. O autor esclareceu
que, na transcrição, foi utilizada a mesma sistemática de entrevistas
convencionais de perguntas e respostas. As exceções que ocorrem no texto
transcrito se registram quando a própria entrevistada cita perguntas e
respostas sobre casos e situações que narra, relembrando algo que considerava
relevante.
“A narrativa de Maria Aragão é, sem
dúvida, rica em detalhes, embora, eventualmente, ela faça questão de mencionar
que não é boa em memorizar nomes e datas, o que faz com alguma frequência
durante as entrevistas. Apesar disso, o sentido da força narrativa é preservado
e dá, perfeitamente, para o leitor compreender o que ela gostaria de dizer”,
destaca Euclides.
O autor disse ser impressionante como,
em sua narrativa, Maria Aragão é respeitosa com todos os que cita, não nos
deixando perceber o sentimento do “ódio por ódio”. “Percebemos que foi humilde,
altiva, guerreira e combativa com aqueles que compartilharam de sua vida, assim
como cultivava um profundo amor por aqueles que considerava como amigos e por
seus filhos adotivos, de quem falava com muito carinho e orgulho”, analisa o
autor.
“Que este texto seja mais um testemunho fidedigno
da ação de uma mulher que se doou à causa do socialismo e à luta por um mundo
melhor e mais igualitário, sem opressores e oprimidos. Que seus erros e acertos
sejam lições de vida para todos nós, pois, eu compartilho desses mesmos
ideais”, frisou Euclides.
O
quê: Secti faz o
lançamento do livro “Maria por Maria”;
Quando: Nesta sexta-feira (22), às 10 horas;
Onde: No hall de entrada da Secretaria de
Ciência, Tecnologia e Inovação – na Av. dos Holandeses, Quadra 24, Lote 14 –
Ponta D’Areia (lado do Empório Fribal).
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