O
Plano de Contingência foi anunciado na manhã deste sábado (13), pelo
governador Flávio Dino, durante a Mobilização Nacional de Combate ao Aedes aegypti.
Foto:
Francisco Campos
|
O Governo do
Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), tem tomado
providências urgentes no sentido de desenvolver ações junto aos 217 municípios
do Estado para conter o avanço da Dengue, Zika vírus e Chikungunya, doenças
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Além das ações de
campanhas que estão sendo reforçadas desde o ano passado e aderidas em parceria
com o Ministério da Saúde (MS), foi lançado neste sábado (13), pelo governador
Flávio Dino, durante a cerimônia local da ‘Mobilização Nacional de Combate ao
Aedes aegypti’, o ‘Plano de Contingência para Enfretamento de Epidemia de
Dengue, Zika vírus e Chikungunya no Maranhão’. A medida tem o objetivo dar uma
resposta rápida às situações graves de saúde pública relacionadas a essas doenças.
Para tanto, haverá imediata aquisição de insumos e contratação de serviços e
recursos humanos para desenvolver adequadamente as ações de Vigilância
Epidemiológica de Prevenção e Controle do mosquito vetor.
Os índices de
infestação predial por Aedes aegypti demonstrados nos resultados do
Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) dos meses de outubro e
novembro de 2015, mostraram muitas áreas de alto e médio risco em alguns
municípios do Estado. Para conter e eliminar esses focos, serão reforçadas as
supervisões e o monitoramento do trabalho de campo em todas as cidades
maranhenses consideradas de risco pelo LIRAa.
Considerando não se
tratar do enfrentamento de uma epidemia de rápida solução, o Plano de
Contingência é um instrumento de planejamento das ações para qualificar os
serviços, prevenir e enfrentar os quadros de epidemias. As ações serão
desenvolvidas ninterruptamente levando em consideração a estruturação do nível
estadual e regional.
O Governo do
Estado, por meio da SES, trabalhará nos anos de 2016 e 2017 com educação
permanente voltada para a integração dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e
Agente de Combate de Endemias (ACE) no controle vetorial, no sentido de conter
os surtos e reduzir a infestação por Aedes aegypti em áreas que estejam em
alerta e alto risco de acordo com as pesquisas de campo do LIRAa e dos casos
notificados.
Para o cumprimento
do plano emergencial, serão investidos recursos no valor de R$ 6.961.308,50
(seis milhões novecentos e sessenta e um mil trezentos e oito reais e cinquenta
centavos) para o atendimento de todas as demandas.
Será
disponibilizado suporte técnico para a valorização dos profissionais de campo
por meio da aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs); aquisição
de kit’s para instrumentalizar e qualificar as atividades de campo para o
controle das larvas do Aedes aegypti; contratação temporária de recursos
humanos para atividades de campo (Controle Vetorial e LIRAa) nas regionais de
saúde; e o reforço de mais 25 veículos nos serviços de aplicação de inseticida
Ultra Baixo Volume (UBV), ampliando o número de veículos para 50 equipados com
as máquinas UBV para uso no controle do mosquito adulto.
Também será
realizada a contratação temporária de profissionais para a formação da Brigada
Anti-Dengue/Chik/Zika para atender as novas demandas decorrentes das ações de
controle vetorial, como o fornecimento de repelentes para as mulheres grávidas,
dentre outras.
A eficácia do plano
se dará por vários esforços conjuntos para a intensificação do controle
vetorial nos 217 municípios, a exemplo do eixo da capacitação permanente, que
será iniciado pela integração e articulação das atividades de campo pelos
15.800 ACS e dos 2.313 ACE.
A capacitação dos
profissionais da atenção primária, média e alta complexidade em saúde,
garantirão as orientações e assistência médica aos pacientes com suspeita de
uma das doenças em diversos pontos de atenção, desde as unidades de atenção
primária até a assistência médica especializada (média e alta complexidade) dos
pacientes com quadros graves de Dengue, Chikungunya (fases sub-agudas e
crônicas) e Zika vírus (Guillain-Barré e Microcefalia).
No Maranhão o
quantitativo de prédios cadastrados para as atividades de campo correspondem a
dois milhões e duzentos mil imóveis, de acordo com a Portaria do Ministério da
Saúde Nº 1.025, de 21 de julho de 2015. O número de ACE’s a serem contemplados
será de 1.956 agentes, ou seja, 1 ACE para cada 1.000 imóveis por ciclo,
levando-se em consideração as diretrizes nacionais para prevenção e controle de
epidemias de Dengue do MS.
Além disso, serão
intensificadas as estruturas dos serviços de limpeza urbana no recolhimento dos
resíduos sólidos de natureza doméstica e dos terrenos baldios com o apoio das
secretarias de infraestrutura e limpeza urbanas municipais.
Agravos combatidos
Dengue
A Dengue é uma
doença febril, causada por quatro tipos de vírus transmitidos pelo Aedes
aegypti, e se tornou um desafio para a saúde pública no país. No Maranhão, os
casos acontecem de forma endêmica, com surtos cíclicos a cada 2 a 3 anos.
Chikungunya
A infecção pelo
vírus Chikungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores
musculares. Não existe tratamento específico nem vacina disponível para
prevenir a infecção por esse vírus, sendo recomendado o tratamento sintomático.
Zika Vírus
A partir de 2014 em
alguns municípios maranhenses, muitas pessoas apresentaram quadros virais com
febre, mialgia, artralgia, exantemas e prurido, a exemplo de Caxias, Codó e
Barra do Corda, enquanto em março de 2015 os casos também começaram a surgir na
capital. Esse quadro viral atingiu milhares de pessoas e foi definido
nacionalmente como infecção pelo Zika vírus. Estudos correlacionam ainda ao
Zika vírus o aumento dos casos de microcefalia em todo o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário