segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Governo investe R$ 7 milhões contra Dengue, Chikungunya e zika vírus


O Plano de Contingência foi anunciado na manhã deste sábado (13), pelo 
governador Flávio Dino, durante a Mobilização Nacional de Combate ao Aedes aegypti. 
Foto: Francisco Campos
O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), tem tomado providências urgentes no sentido de desenvolver ações junto aos 217 municípios do Estado para conter o avanço da Dengue, Zika vírus e Chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Além das ações de campanhas que estão sendo reforçadas desde o ano passado e aderidas em parceria com o Ministério da Saúde (MS), foi lançado neste sábado (13), pelo governador Flávio Dino, durante a cerimônia local da ‘Mobilização Nacional de Combate ao Aedes aegypti’, o ‘Plano de Contingência para Enfretamento de Epidemia de Dengue, Zika vírus e Chikungunya no Maranhão’. A medida tem o objetivo dar uma resposta rápida às situações graves de saúde pública relacionadas a essas doenças. Para tanto, haverá imediata aquisição de insumos e contratação de serviços e recursos humanos para desenvolver adequadamente as ações de Vigilância Epidemiológica de Prevenção e Controle do mosquito vetor.
Os índices de infestação predial por Aedes aegypti demonstrados nos resultados do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) dos meses de outubro e novembro de 2015, mostraram muitas áreas de alto e médio risco em alguns municípios do Estado. Para conter e eliminar esses focos, serão reforçadas as supervisões e o monitoramento do trabalho de campo em todas as cidades maranhenses consideradas de risco pelo LIRAa.
Considerando não se tratar do enfrentamento de uma epidemia de rápida solução, o Plano de Contingência é um instrumento de planejamento das ações para qualificar os serviços, prevenir e enfrentar os quadros de epidemias. As ações serão desenvolvidas ninterruptamente levando em consideração a estruturação do nível estadual e regional.
O Governo do Estado, por meio da SES, trabalhará nos anos de 2016 e 2017 com educação permanente voltada para a integração dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agente de Combate de Endemias (ACE) no controle vetorial, no sentido de conter os surtos e reduzir a infestação por Aedes aegypti em áreas que estejam em alerta e alto risco de acordo com as pesquisas de campo do LIRAa e dos casos notificados.
Para o cumprimento do plano emergencial, serão investidos recursos no valor de R$ 6.961.308,50 (seis milhões novecentos e sessenta e um mil trezentos e oito reais e cinquenta centavos) para o atendimento de todas as demandas.
Será disponibilizado suporte técnico para a valorização dos profissionais de campo por meio da aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs); aquisição de kit’s para instrumentalizar e qualificar as atividades de campo para o controle das larvas do Aedes aegypti; contratação temporária de recursos humanos para atividades de campo (Controle Vetorial e LIRAa) nas regionais de saúde; e o reforço de mais 25 veículos nos serviços de aplicação de inseticida Ultra Baixo Volume (UBV), ampliando o número de veículos para 50 equipados com as máquinas UBV para uso no controle do mosquito adulto.
Também será realizada a contratação temporária de profissionais para a formação da Brigada Anti-Dengue/Chik/Zika para atender as novas demandas decorrentes das ações de controle vetorial, como o fornecimento de repelentes para as mulheres grávidas, dentre outras.
A eficácia do plano se dará por vários esforços conjuntos para a intensificação do controle vetorial nos 217 municípios, a exemplo do eixo da capacitação permanente, que será iniciado pela integração e articulação das atividades de campo pelos 15.800 ACS e dos 2.313 ACE.
A capacitação dos profissionais da atenção primária, média e alta complexidade em saúde, garantirão as orientações e assistência médica aos pacientes com suspeita de uma das doenças em diversos pontos de atenção, desde as unidades de atenção primária até a assistência médica especializada (média e alta complexidade) dos pacientes com quadros graves de Dengue, Chikungunya (fases sub-agudas e crônicas) e Zika vírus (Guillain-Barré e Microcefalia).
No Maranhão o quantitativo de prédios cadastrados para as atividades de campo correspondem a dois milhões e duzentos mil imóveis, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde Nº 1.025, de 21 de julho de 2015. O número de ACE’s a serem contemplados será de 1.956 agentes, ou seja, 1 ACE para cada 1.000 imóveis por ciclo, levando-se em consideração as diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de Dengue do MS.
Além disso, serão intensificadas as estruturas dos serviços de limpeza urbana no recolhimento dos resíduos sólidos de natureza doméstica e dos terrenos baldios com o apoio das secretarias de infraestrutura e limpeza urbanas municipais.
Agravos combatidos
Dengue
A Dengue é uma doença febril, causada por quatro tipos de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, e se tornou um desafio para a saúde pública no país. No Maranhão, os casos acontecem de forma endêmica, com surtos cíclicos a cada 2 a 3 anos.
Chikungunya
A infecção pelo vírus Chikungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus, sendo recomendado o tratamento sintomático.
Zika Vírus

A partir de 2014 em alguns municípios maranhenses, muitas pessoas apresentaram quadros virais com febre, mialgia, artralgia, exantemas e prurido, a exemplo de Caxias, Codó e Barra do Corda, enquanto em março de 2015 os casos também começaram a surgir na capital. Esse quadro viral atingiu milhares de pessoas e foi definido nacionalmente como infecção pelo Zika vírus. Estudos correlacionam ainda ao Zika vírus o aumento dos casos de microcefalia em todo o Brasil.

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