Editorial JP, 13 de fevereiro
No correr da festa, até mesmo a TV
Mirante teve que se render ao planejamento estratégico do governo, através da
Secretaria de Segurança Pública, para o carnaval 2016. Planejamento que
garantiu tranquilidade e segurança aos foliões maranhenses. Ao entrevistar
turistas, ao vivo naturalmente, na capital e no interior, os repórteres foram
alcançados por declarações que principalmente destacavam o nível de segurança
de um carnaval que, no passado, quase nunca foi assim. Mesmo sites e blogs
umbilicalmente ligados à política sarneisista, sem outra saída, tiveram de
reconhecer que este ano não foi igual àqueles que passaram.
Menos homicídios, menos violência, a
polícia estrategicamente vigilante nos circuitos do carnaval e em áreas
historicamente conflagradas pelo crime e as facções criminosas sitiadas nos
guetos de sua formação. E esta, certamente, não foi uma atuação de origem
meramente momesca. Foi assim por conta de investimentos que transformaram uma
polícia até então desaparelhada, desestimulada e muito mal paga, com a
incorporação de 1.500 novos policiais, cursos, qualificação, reajustes
salariais, treinamentos, novas viaturas e armamentos, mobilidade.
Aliás, no correr do ano de 2015 e no mês
de janeiro de 2016, foram tantas as quadrilhas de assaltantes de bancos presas
e desmobilizadas, tantas as bocas de fumo estouradas e tamanho o volume de
drogas apreendido que era essa, inevitavelmente, a tendência com que se
chegaria ao mês de fevereiro. Sem registros de tumultos, sem o enfrentamento
público de gangues e organizações criminosas, arrastões e os latrocínios a que
nos acostumamos em outros carnavais.
A tarefa de mudar a linha ascendente da
criminalidade e da violência no Maranhão, depois de tudo o que vimos acontecer
nos anos de 2013 e 2014, foi uma tarefa de gigantes. Exigiu vontade política,
investimentos, determinação e trabalho, muito trabalho. Divisa-se, então,
diante de fatos e estatísticas – e contra fatos não há argumentos – que é
possível fazer, que há e está sendo trilhado o caminho da redução da criminalidade
no Estado.
Mas sobram à evidência os efeitos
impositivos desse planejamento estratégico: Desde a integração das polícias,
desde a criação dos cinco circuitos da folia com conhecimento prévio das forças
policiais, desde o esquema de vistorias nos automóveis e transportes públicos,
desde a vigilância sistemática nas áreas de maior incidência de crimes e nas
entradas e saídas de São Luís, evitando a passagem de drogas e armas de fogo.
Assim, os turistas, como os maranhenses,
se sentiram à vontade para dizer, mesmo para aqueles que não suportaram ouvir,
que, mais que em suas próprias terras, se sentiram seguros brincando o carnaval
de 2016 em cidades do Maranhão.
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