Editorial JP, 09 de março
A Nação brasileira despertou, logo após
a condução coercitiva do presidente Lula, com os ânimos acirrados e que levou à
ocorrência de isoladas batalhas campais entre setores favoráveis ao impeachment
ou cassação da presidente Dilma e a militância do PT. Sem contar,
evidentemente, que os últimos atos nos palcos político e jurídico do país
contribuíram para que hostes do governo e da oposição acirrassem medidas a
nível judicial e parlamentar que pretendem forçar um desfecho mais imediato da
crise política.
Uma voz, esperamos que não isolada, a do
governador Flávio Dino, interviu via twiter, com a autoridade que lhe é
consagrada, no sentido de acordar a Nação para que se evite o que ele chama de
conflagração da sociedade. Ao se manifestar, o governador disse que “Na
política, só o diálogo pode salvar a Nação de momentos ainda piores. Chegamos –
alertou – a um impasse em que ninguém sairá “vencedor” na “guerra”.
O manifesto de pacificação ao povo
brasileiro, exarado pelo Dr. Flávio Dino não o impediu, no entanto de, como
autoridade da Federação, deixar clara sua opinião sobre os fatos, como é
salutar à democracia. Em outro trecho afirma: “Em uma conjuntura superaquecida
por conta da Lava Jato e outros fatores não há lugar para gradualismos e metas
de longo prazo. E acrescenta: “Difícil imaginar que o governo saia do “canto do
ringue” sem uma nova política econômica que reative o emprego e esperanças”.
Trata-se exatamente disso, de esperanças
que se diluíram a meio caminho do exercício do poder pelo Partido dos Trabalhadores.
Esperanças que não serão reconquistadas com o que o governador chama de “Onda
de pregações delirantes e boatos sobre intervenção das forças armadas” que,
conforme sua opinião, “mostram a gravidade do quadro”. Como diz “Não vale a
pena destruir a democracia”.
Diálogo, pacificação das forças
políticas para proteger a democracia conquistada a duras penas no Brasil. O
governador externa preocupações mais abrangentes, importantes na construção
dessa nova política econômica. E ele mesmo se interpreta ao afirmar: “Quando me
refiro às elites econômicas, sublinho o papel decisivo dos oligopólios de mídia
do Brasil que devem passar a ajudar a estabilidade”.
É preciso atentar para essa
manifestação, mormente nesta hora em que o Brasil precisa de todos nós. Constata
o governador que “A maioria do povo brasileiro sabe que “luta aberta nas ruas”
não interessa ao Brasil. Necessário que os políticos e as elites econômicas
reflitam”.
A luta aberta, agora, deve ser para
vencer a crise econômica e a crise política. Salvar o Brasil.
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