sábado, 12 de março de 2016

Sede da União Nacional dos Estudantes é atacada com pichações; presidente vai pedir proteção policial

 Bernardo Barbosa



A sede da UNE (União Nacional dos Estudantes) em São Paulo, localizada na Vila Mariana (zona sul da capital), foi atacada por pichadores na manhã deste sábado (12), segundo informou a própria organização. Os vândalos escreveram frases pedindo a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ("Lula na cadeia") e atacando a militância estudantil ("Vendidos" e "estudantes mortadela").
Segundo a presidente da UNE, Carina Vitral, o ataque aconteceu por volta das 8h. No momento, seguranças protegiam a sede, mas estavam do lado de dentro. De acordo com Carina, vizinhos do prédio relataram que ao menos oito homens participaram da ação.
Para Carina, é simbólico que o ataque tenha ocorrido um dia antes do que classificou como "manifestações da direita".
"Diferentemente de um debate público sobre os rumos do país, o que a gente vê recentemente é uma polarização na base do ódio, da intolerância, do linchamento público, da acusação sem provas. Isso reflete este momento político", analisou.
A presidente da UNE lembrou que o último ataque a uma sede da entidade foi em 1º de abril de 1964, "como primeiro ato da ditadura militar", quando o prédio da união estudantil no Rio foi incendiado.
"Mais do que oposição política, essas pichações refletem o ódio à democracia, à liberdade de expressão, a divergir politicamente", disse Carina.
No fim da tarde deste sábado, representantes da UNE estavam em uma delegacia da região registrando um boletim de ocorrência. A presidente da entidade demonstrou preocupação com o acirramento das tensões nas ruas com os protestos contra o governo Dilma Rousseff marcados para este domingo (13).


"Vamos pedir proteção policial da sede para o dia de amanhã", informou. 

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