Adriana Justi Do G1 PR
Ex-senador Gim Argello (Foto: Geraldo
Magela/Agência Senado)
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A Polícia
Federal (PF) cumpre a 28ª fase da Operação Lava Jato desde a madrugada desta
terça-feira (12) em São Paulo, Rio de Janeiro, Taguatinga (DF) e Brasília. A
ação foi batizada de "Vitória de Pirro" e cumpre 22 mandados
judiciais.
Do total de ordens, duas são
de prisão temporária, uma de prisão preventiava, 14 de busca e apreensão e
cinco de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Inicialmente
a PF havia informado que seriam cumpridos 4 mandados de condução corcitiva. A
informação foi corrigida às 8h.
Um dos mandados de busca e
apreensão mira a sede da empreiteira OAS, em São Paulo.
O preso com mandado
preventivo é o ex-senador Gim Argello (PTB-DF). O nome dele apareceu na delação
do senador Delcídio do Amaral. Segundo Delcídio, Gim e outros parlamentares
cobravam dinheiro de empreiteiros investigados na Lava Jato para que eles não
fossem chamados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
O filho dele, Jorge Argello
Júnior, também foi alvo de um mandado de condução coercitiva, segundo a PF. Os
demais alvos de conduções são contra: Roberto Zardi Ferreira Jorge, Gustavo
Nunes da Silva Rocha, Dilson de Cerqueira Paiva Filho e Marcos Paulo Ramalho.
Os mandados de prisão
temporária são contra pessoas ligadas a Gim Argello, segundo a PF, mas os nomes
ainda não foram divulgados.
A PF também disse que há
indícios concretos de que Gim, que foi integrante da CPI, instaurada no Senado
Federal, e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI),
instaurada no Congresso Nacional, em 2014, tentou evitar a convocação de
empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos
indevidos disfarçados de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de
sua base de sustentação.
O ex-diretor financeiro da
UTC Engenharia Walmir Pinheiro Santana, um dos delatores do esquema de
corrupção investigado pela Operação Lava Jato, relatou em depoimento à
Procuradoria Geral da República um suposto acordo firmado em 2014 entre o dono
da empresa, Ricardo Pessoa, e o ex-senador Gim Argello.
Pelo acordo, Pessoa não seria
chamado a depor na CPI mista da Petrobras, que à época tinha Argello como vice-presidente, e, em contrapartida, o
empresário repassaria recursos a pessoas indicadas pelo então senador.
Ainda de acordo com a delação
de Walmir Pinheiro, a UTC repassou R$ 5 milhões a quatro partidos a pedido de
Argello. O acordo, segundo o delator, seria "um tipo de blindagem" a
Ricardo Pessoa.
(Leia mais em Globo.com).
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