A missão do Fundo Internacional do Desenvolvimento para Agricultura
(Fida) no Maranhão foi encerrada nesta terça-feira (19), com a assinatura de
memorando com o Governo do Estado para elaboração de projeto que beneficiará
cerca de 860 mil maranhenses. O investimento pretende contribuir para reduzir a
pobreza rural no Maranhão promovendo o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O projeto será financiado por meio de um empréstimo do Fundo
Internacional, que representará 50% do valor global e os outros 50% serão uma
contrapartida do Governo do Estado do Maranhão. Dentre as ações a serem
realizadas estão o desenvolvimento de cadeias produtivas nas comunidades
rurais, assistência técnica e também no desenvolvimento de capacidades de
produção próprias de cada comunidade.
Serão contempladas comunidades de seis Territórios da Cidadania (Baixo
Parnaíba, Campos e Lagos, Cocais, Lençóis Maranhenses/Munin, Médio Mearim e
Vale do Itapecuru) e mais um território terras indígenas, totalizando 87
cidades, sendo 39 prioritárias em situação de pobreza e extrema pobreza.
Dentre os municípios prioritários, 14 estão inseridos no Plano Mais IDH,
programa do Governo do Estado, que atende 30 municípios com menor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Dos 25 restantes, três serão priorizados por
serem potencial para o desenvolvimento de cadeias produtivas de
ovinocaprinocultura e apicultura.
De modo geral, o projeto beneficiará de forma direta aproximadamente 24
mil famílias dos municípios prioritários das quais 15 mil serão beneficiadas
com investimentos produtivos e assistência técnica e outras famílias serão
beneficiadas com ações do componente de geração de suas capacidades.
Durante a missão, a comitiva do Fida se reuniu com secretarias do Estado
e movimentos sociais, mantendo diálogos próximos a fim de conhecer as
necessidades de cada um, como no caso da Associação das Comunidades Negras
Rurais Quilombolas do Maranhão (Aconeruq), que puderam expor os problemas e
anseios da comunidade.
De acordo com Maria José Palhano, representante da Aconeruq, o Fida
representa um novo olhar para o povo. “Todas as causas dos movimentos sociais
vêm de muita luta, de um povo digno que batalha por melhores condições de vida
e de poder crescer através do que podemos produzir com as nossas mãos”, contou.
Com a execução do projeto serão beneficiados aproximadamente 77% dos
maranhenses que vivem em comunidades rurais, assentamentos da reforma agrária
(incluindo as unidades do crédito fundiário), além de comunidades quilombolas e
indígenas que residem nos territórios da área de intervenção.
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