JM
Cunha Santos
Era
tão-somente a solenidade que marcava o início das atividades da Força Estadual
de Saúde do Maranhão (Fesma) nos 30 municípios que integram o Plano Mais IDH e
a implementação do Plano de Enfrentamento da Epidemia da Dengue, Chikunguya e
Zika Vírus nos 217 municípios maranhenses. Plano de enfrentamento ao mosquito
aedes aegipty. Mas o governador Flávio Dino decidiu matar dois mosquitos de uma
espanada só.
Na
solenidade de entrega dos kits de trabalho da Força Estadual de Saúde, agora
com a principal e espinhosa missão de também combater o mosquito tríplex (três doenças),
soberbamente camisas azuis e vermelhas dos combatentes se misturavam.
O
repórter do Blog do JM Cunha Santos chegou atrasado, mas a tempo de ouvir o
governador dizer, a pretexto da crise política e das manifestações que separam
petistas e anti-petistas no país: “Em outros estados, quando se encontram
camisas vermelhas (PT) e azuis (PSDB), o mais provável é que ocorra confronto
físico. Aqui no Maranhão não, senhor vice-governador Carlos Brandão, aqui nós
unimos as camisas vermelhas e azuis pelo bem do Estado. Afinal, nós não podemos
construir uma Nação destruindo os que pensam diferente de nós”.
Uma
declaração que coloca o país diante da magistral frase de Voltaire: “Não
concordo com nada do que tu dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de
dizer”. Em todo o Brasil, é provável que o pensamento mais coerente com as
aspirações e tradições de paz do povo brasileiro, diante da crise, esteja com o
governador do Maranhão. Flávio Dino, embora tenha posição firmada contra o
impeachment de Dilma Rousseff, tem revelado essa tendência de que as coisas se
resolvam num ambiente de paz, dentro da legalidade, obedecendo aos ritos
jurídicos e constitucionais. Diferente das pregações de ódio e de violência
para resolução desse impasse, especialmente provindas das alas fascistas
intocadas nos dois lados.
Enfim,
na solenidade em que organizava sua brigada de combate ao mosquito aedes aegipity,
com esta frase, Flávio Dino matou também o mosquito da intolerância política;
este, até prova em contrario, muito mais perigoso.
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