Editorial
JP, 24 de maio
Os
bandidos não contavam com a impressionante reação da polícia do Maranhão aos
ataques a ônibus engendrados no último final de semana. Polícia em pontos
estratégicos, polícia nos terminais de integração, polícia nos bairros, nas
ruas dentro dos ônibus, perseguindo marginais nas avenidas, nas matas, nos
mangues, nas bocas de fumo... Foi a eficiência vencendo o medo. Pouco mais de vinte
e quatro horas depois, cerca de 40 delinquentes estavam na cadeia e no sábado, mesmo
correndo o risco de enfrentar situações isoladas, como realmente enfrentaram,
os empresários do setor de transportes coletivos, acreditando no dedicado
incansável trabalho da polícia garantiram os ônibus circulando na cidade.
Enganaram-se
os que tentaram “tocar o terror” na cidade. O próprio secretário de Segurança,
Jefferson Portela, na companhia do comandante geral da PM, Frederico Pereira, e
com o apoio determinado do governo do Estado, foi a campo enfrentar a facção
criminosa responsável, que, destemperada, encurralada, tentava conseguir seus
objetivos sinistros nas ruas de São Luís. O governador Flávio Dino reuniu a
cúpula do sistema de segurança, reuniu o Sindicato das Empresas de Transportes,
reuniu o Sindicato dos Rodoviários, recebeu apoio de todos eles e a tentativa
de implantar o terror na capital maranhense usando gasolina, políticos adversários,
blogs, sites e toda a rede social, não funcionou. Mesmo com a sensação de
insegurança que tentaram impor a população, no geral, sentiu-se segura com o
tanto de policiamento que viu nas ruas e não mudou sua rotina.
As
megaoperações que detonaram a crise econômica e o desespero no narcotráfico
prosseguiram e prosseguem. Quarenta Kg de droga apreendidos no sábado, 700 mil
reais em crack e cocaína no domingo... Enfim, não conseguiram, como em 2014,
implantar o terror. As escolas funcionaram normalmente, os bares, os
trabalhadores não deixaram de trabalhar, as donas de casa continuaram fazendo
compras e a bandidagem enxergou que “o buraco é mais embaixo”, principalmente
quando viu, um a um, sendo agarrado enfiado na cadeia.
E
o que é pior para os incendiários é que serão todos, segundo o secretário
Jefferson Portela, autuados em flagrante por associação criminosa, o que
implica em passar um bom tempo na cadeia, independente do esforço dos advogados
que vierem a contratar.
Todo
o poder do Estado nas ruas, todo esse aparato de intervenção policial em defesa
da sociedade, todas essas prisões, o maior volume de drogas já apreendido na
história do Maranhão e uma bandalha lamentável insiste em falar de acordos
entre o governo e facções criminosas. Somente a Polícia Civil, por meio da
Superintendência de Repressão ao Narcotráfico, apreendeu quase 600 Kg de drogas
nos últimos dois meses e enfiou 70 traficantes na cadeia, sem contar os 40
presos no último final de semana. Acordos, portanto, só existem nas mentes dos
ideologicamente desviados e dos financeiramente inconformados.
Não
houve pânico nem terror, a polícia conteve o banditismo e o governo mostrou que
hoje temos autoridade no Maranhão. Eles vão continuar tentando, mas, agora, sem
a certeza da impunidade.
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