Editorial
JP, 18 de maio
Foram
anos e mais anos de acidentes fatais e protestos, de entraves para a economia
maranhense, de audiências públicas e anônimas, de intervenções parlamentares e
dizem que governamentais e a BR 135, somente agora, com o governo Flávio Dino,
parece destinada à duplicação e a se tornar trafegável em trechos que são um
verdadeiro suplício para quem ousa se aventurar por ela.
O
que se viu acontecer nesse tempo todo foi uma inominável falta de respeito para
com esse Estado e para com as autoridades do Estado, estágios permanentes de
enganação, enroladas e promessas não cumpridas do Dnit e do Governo Federal.
Muitas notícias ouvimos, sobre duplicações em BRs de outros estados, enquanto
aqui no Maranhão a principal via de ligação de São Luís com o mundo permaneceu
inacessível, perigosa e fatal. Ganhou, com muita eficácia, o apelido de
“Rodovia da Morte”, mas nem isso bastou para tocar a sensibilidade dos
responsáveis pela gestão das rodovias do país.
Agora,
chega de conversa! O Maranhão merece respeito. Não só pelo brilho de ser
Maranhão, mas também porque não temos mais aqueles governos enrolados em
corrupção até o talo, ineptos e mais preocupados em encontrar brechas para
superfaturamentos e desvios de recursos que em atender às necessidades
imediatas da população.
A
substituição de Dilma Rousseff na Presidência da República não afastou o
governador Flávio Dino da intentona pela duplicação da BR 135. Na última
segunda-feira, 16, esteve com o novo ministro dos Transportes, Maurício
Quintela. Em pauta, o andamento da duplicação da rodovia. E declarou: “Essa é
uma obra essencial para nosso estado, tanto porque é um nó para o
desenvolvimento da região, como pelo impacto social causado pelos acidentes
recorrentes”. Mas já se aguarda a conclusão dessas obras a tanto tempo que não
se pode mais pensar somente a nível de diálogo. A questão tem que ser
resolvida. A declaração do ministro Maurício Quintela, com as obras da BR em
andamento, serve de alento ao Maranhão, quando diz que “Todas as obras que
ampliam a capacidade de escoamento produtivo do Nordeste são prioridade para a
nossa gestão”.
Esperamos
que sim, que a BR 135, finalmente, inclua-se nas prioridades do Dnit. O
Maranhão já ouviu muita conversa e esperou demais.
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