Com a atitude
de defender a federalização do Porto do Itaqui, ultrapassam todas as fronteiras
da indecência política.
Editorial
JP, 19 de maio
A missão
que traz esse editorial há de soar estranha aos ouvidos de muitos maranhenses.
Mas antes que nos levem o Porto do Itaqui, por ação, vingança e maldade, devemos
pedir a mais imediata exportação dessa súcia de maus maranhenses. Se possível
num navio cargueiro, pois são atitudes de quem não tem nenhum compromisso com
essa terra. E não precisamos citar nem enumerar quem são esses conterrâneos
descompromissados que estão agindo à socapa para tentar tirar do Maranhão a
administração de um dos principais portos do país, o Porto do Itaqui.
O
comentário que abre o Informe JP no Jornal Pequeno desta quarta-feira - “O
Porto do Itaqui é dos Maranhenses”, revela o nível de absurdo desse grupo
político agindo contra o estado que, infelizmente, os criou e deles fez
arremedos de autoridades. O povo maranhense está pasmo, chocado, enojado e,
mais uma vez, convencido do quanto essa gente pode ser perigosa, delituosa,
quando se trata de remover do Maranhão os principais avanços econômicos e de
progresso.
Com a
atitude de defender a federalização do Porto do Itaqui, ultrapassam todas as
fronteiras da indecência política. E querem federalizar o Porto, porque, com a
presença do governo atual, já não lhes serve mais às sinecuras, já não pode o
Porto ser sugado pela glote para alimentar riquezas, privilégios, démarches
corruptas de uma meia dúzia de apaniguados serviçais de um grupo político que
já fez o que pode e o que não pode contra o Maranhão.
O Porto
estava em desgraça até bem pouco tempo. Não rendia, não apresentava lucros, não
representava o aporte de subsídios à combalida economia maranhense. E eis que
de repente, o porto, visto até 2014 como um dos mais atrasados do Brasil,
passou a movimentar 18,6 milhões de toneladas em 2015, 26 % a mais que naquele
auspicioso ano da queda do maior império da história do Maranhão. E
apresentava, ao final do mesmo ano, um lucro de R$ 68 milhões. O Porto, sob
administração da Emap (a Empresa Maranhense de Administração Portuária) serviu,
durante muito tempo, a nada mais que uma corrosiva mamata. Somente o corte de
bônus ofertados a presidentes, diretores e gerentes, na atual gestão, implicou
na economia de R$ 1 milhão e 500 mil.
À
evidente perseguição ao governador Flávio Dino e ao Maranhão que derrotou esse
império, misturam-se a ganância desenfreada e a ambição política desmedida.
A partir
de 2016 o governo Flávio Dino iniciou o Plano de Desenvolvimento do Porto do
Itaqui, com o aporte de investimentos públicos e privados da ordem de R$ 1,35
bilhão. Depois de traírem desavergonhadamente o PT e a ex-presidente Dilma
Rousseff, esperam os Sarney que o governo Temer coloque em suas mãos um dos
maiores complexos portuários do país, após a transformação promovida pelo
governo Flávio Dino..
Bom seria
se o Porto do Itaqui pudesse servir para exportar daqui para bem longe esses
maus maranhenses, estes que se esforçam para prejudicar o Estado desde que isso
lhes propicie ganhos financeiros e políticos. Engana-se quem pensa que vai
voltar ao poder vendendo o Porto do Itaqui à Federação.
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