A Força-Tarefa Previdenciária, integrada pelo Departamento de Polícia
Federal, Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público
Federal deflagrou hoje (24) a ‘Operação Casa Cheia’, com a finalidade de
reprimir crimes previdenciários na cidade de São Luís. As investigações,
iniciadas no ano de 2015, levaram à identificação de um esquema criminoso com
atuação desde 2011, responsável pela concessão de benefícios de amparo social
ao idoso fraudulentos. Os titulares eram pessoas fictícias, criadas
virtualmente através da falsificação de documentos públicos.
A operação contou ainda com a participação de policiais federais e de
servidores da área de inteligência do Ministério do Trabalho e Previdência
Social- a Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR).
No esquema criminoso havia a participação de três servidores do INSS e
de intermediários. A investigação contou também com o auxílio do Instituto de
Identificação do Estado do Maranhão, que desde o ano passado vem colaborando
intensamente com os trabalhos desenvolvidos pela Delegacia de Repressão a
Crimes Previdenciários, especialmente na identificação de Documentos de
Identidade falsos.
A Polícia Federal cumpriu 12 Mandados Judiciais, sendo um de prisão
preventiva, quatro de condução coercitiva e sete de busca e apreensão. Dentre
os Mandados Judiciais consta, ainda, a previsão de arresto de bens imóveis e de
veículos no nome dos investigados, além da determinação para que o INSS
suspenda/bloqueie o pagamento de 43 benefícios de amparo social ao idoso e
realize auditoria em outros 27 benefícios dessa mesma espécie. Com relação
aos servidores da autarquia previdenciária, há a proibição de frequentar o local
de trabalho, e a determinação para o afastamento das funções públicas pelo
prazo de 90 dias.
O prejuízo inicialmente identificado se aproxima de R$ 1,65 milhão. O
valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão desses benefícios,
levando-se em consideração a expectativa de sobrevida média da população
brasileira, é de aproximadamente R$ 1 milhão.
A Operação foi denominada ‘Casa Cheia’ em face dos titulares de 42
benefícios identificados supostamente residirem em apenas duas residências,
levando-se em conta o endereço cadastrado nos benefícios. (TV Guará)
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