Por Robson Paz
Radialista, jornalista,
Subsecretário de Comunicação Social e
Assuntos Políticos
Por décadas, direitos essenciais foram
negados à maioria da população maranhense. Direitos civis, sociais e coletivos.
Direito a ter identidade, acesso a registro civil, por exemplo. Documento
básico para o exercício da cidadania. Direitos sociais, como acesso à educação
e segurança foram negligenciados pelo Estado.
Na década passada, em pleno século 21,
apenas 58 dos 217 municípios maranhenses tinham ensino médio. As forças de
segurança do Estado foram progressivamente sucateadas. A menor relação policial
por habitante do país. Municípios sem delegacias, polícias sem armas e
viaturas. Sequer existia sistema de comunicação. Policiais se comunicavam por
meio de celulares.
Tanto descaso associado a uma
sociedade, em que cada vez mais os valores familiares perdem espaço para a
midiatização da violência, não é de estranhar que o tempo cobre a fatura.
Por certo tantos erros corroboram para
a violência. Basta ver o perfil dos deliquentes. No mais das vezes adolescentes
excluídos socialmente e recrutados pelo tráfico. Uma tragédia social, que
exigirá esforço de anos, talvez décadas, para que sejam minimizados os índices
de criminalidade e violência.
E por mais paradoxal que seja a reação
dos criminosos ocorre porque o governo inverte a ‘política’ de negação de
direitos. Batalhas travadas em várias dimensões, que não se resolvem do dia
para a noite. Em 17 meses, a população viu o Estado recuperar a autoridade
sobre o sistema penitenciário, onde centenas de vidas eram ceifadas nas guerras
entre facções. Mais de 1.500 policiais contratados reforçam o efetivo e a
presença das forças policiais nas ruas.
Novas viaturas, armamentos e sistema de
comunicação moderno foram adquiridos. Policiais valorizados e com estímulo para
trabalhar. Com o Pacto pela Paz, o governador Flávio Dino instituiu premiação
por apreensão de armas de fogo e a interação permanente das polícias com os
conselhos comunitários para ajudar no combate ao crime.
Noutro flanco, mais investimentos na educação profissionalizante visando
garantir à juventude conhecimento e acesso ao mercado de trabalho. Escolas
dignas para as crianças subjugadas a estudar em escolas de taipa e palha;
valorização dos professores. Medidas que certamente ajudarão nosso estado a
vencer a guerra contra o atraso.
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