Editorial JP, 04 de maio
Os últimos dados sobre a redução da criminalidade, principalmente o número de homicídios e assaltos a ônibus, na grande São Luís, mais que alentadores, mostram que os investimentos do governo Flávio Dino em segurança pública estão quebrando o ciclo intermitente da violência nesta região. O portal da Secretaria de Segurança registrou uma redução de 29 % no índice de mortes violentas neste mês de abril, em relação ao mês de março. E, por ação dos 150 policiais do Batalhão Tiradentes, conforme informações do comandante Manoel Marques Neto, já conseguiram reduzir em 51 % o número de assaltos a ônibus. E anote-se, para que não restem dúvidas, que essa não é uma estatística da polícia, mas do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, onde se localizam a maior parte das vítimas dessa modalidade de crime.
Para quem aqui viveu a violência
desembestada dos anos 2013 e 2014, é essa uma evolução sem precedentes na
segurança pública da capital. Evidencia-se, então, a capacidade de planejamento
da cúpula da Secretaria de Segurança Pública, sob o comando e liderança do
secretário Jefferson Portela, do secretário adjunto Saulo de Tarso, do delegado
geral Lawrence Melo, do comandante da Polícia Militar, Frederico Pereira e dos
superintendentes de polícia que, tanto repressiva quanto preventivamente,
inovam na condução das operações policiais.
Nenhuma estatística de violência, para
mais ou para menos, será positiva; sempre haverá um número de vítimas, sempre
haverá familiares desesperados às beiras dos túmulos, mas esta surpreendente
queda no número de homicídios em relação aos anos anteriores, saltando de 12 %
para 29 %, nos leva a repetir o que já foi dito: Temos governo; a polícia é
outra.
O que mais se observa nesta evolução da
segurança pública é o choque de intenções entre o passado e o presente. A
polícia não agia porque desaparelhada, sem armas nem viaturas, sem gasolina,
solenemente mal paga, desrespeitada pela arrogância governamental que a
ameaçava com forças federais, sem o número exigido de delegados de carreira e
agentes, com um contingente militar reduzido ao extremo, sem os agentes sociais
coligidos no Pacto pela Paz e, principalmente, sem um efetivo planejamento de
combate ao crime.
Outro fator a observar é que essa
redução da criminalidade é marcada por uma evolução crescente, que começa em
fevereiro/março de 2015 e chega, hoje, aos números que o governo e a população
comemoram, especialmente porque se esvazia, paulatinamente, para além da
diminuição da violência, o clima de terror que a cidade viu e viveu em 2013 e
2014. E é de se notar que os renitentes crimes de colarinho branco cometidos
inclusive por autoridades do governo no passado, abriam espaço à permissividade
quanto às ações do crime organizado. Quem se organiza agora é o Sistema de
Segurança Pública, quem paga o preço são os bandidos e quem se sente mais
seguro é o cidadão. E nem o Sistema Mirante, apesar de todos os esforços e de
uma orquestração premiada, não consegue mais esconder os avanços da segurança
pública no Maranhão.
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