O registro de ocorrências a agências bancárias no mês de junho foi o
menor já registrado no Maranhão desde 2011. O único registro, no dia 8, ocorreu
em São Domingos do Maranhão, número que demonstra significativa queda nos
registros ao longo dos meses, fruto da ação direta e efetiva da Polícia Civil
na contenção destes casos.
O titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal
(Seic), delegado Tiago Bardal, destaca que em todo o Brasil há um crescente
destes casos e no Maranhão, o combate tem sido intensificado. “Verificar essa
queda acentuada em nosso Estado nos deixa satisfeito, pois, significa que o
planejamento e empenho das polícias têm surtido efeito e quem ganha com isso é
a população”, enfatizou Bardal.
Fazendo um comparativo, o delegado lembra que nacionalmente foram seis
registros só na quinta-feira, 30. Uma estratégia de trabalho da polícia local
para reprimir as ocorrências é a realização de operações específicas contra
esta modalidade e ações em parceria com as polícias do Pará, Piauí, Goiás,
Bahia e Tocantins.
Segundo o delegado, grande parte destas quadrilhas é interestadual e a
ação conjunta das polícias tem interceptado vários grupos e impedido que os
crimes ocorram. “A polícia tem se unido contra este e outros crimes e só assim
conseguirá impedir a ação dos criminosos”, disse Bardal.
Entre as ações de combate a esta modalidade de crime, a Seic desenvolve
a operação ‘Maranhão Seguro’, com apoio da Polícia Militar, que monitora as
agências nos dias de maior movimentação de dinheiro. Outro ponto destacado pelo
superintendente, no planejamento, é o monitoramento mais intensificado em datas
de pagamento de pessoal e nas áreas do entorno das agências.
Investigação especializada
A Seic mantém o Departamento de Combate a Roubo a Instituições
Financeiras (DCRIF) com equipe especializada e treinada para combater esta
modalidade criminosa. O trabalho do Serviço de Inteligência na investigação
também contribui para a desarticulação das quadrilhas. O departamento trabalha
a abordagens em pontos estratégicos, monitoramento de grupos e pessoas
suspeitas e orientação na segurança das instituições bancárias.
A orientação a comerciantes, em relação à venda de material explosivo é
outro ponto do planejamento, pois as quadrilhas têm utilizado estes artefatos
durante os ataques. “Como resultado das operações identificamos e prendemos
chefes destes grupos, desarticulamos organizações frustrando o crime e
apreendemos armas, explosivos e outros materiais”, disse o titular do DCRIF,
delegado Luís Jorge.
O delegado aponta, ainda, os números positivos fruto do planejamento que
vem sendo aplicado desde o ano passado e já mostrou resultados com a diminuição
dos casos, em comparação a 2014. O DCRIF registrou 164 investidas a instituições
financeiras em 2014 e com a execução do plano ao longo do ano de 2015, os
registros caíram para 152 – uma diminuição de 7,3% no total de ocorrências.
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