O Centro
Integrado Antiterrorismo (Ciant), em Brasília, responsável pela análise de
pedidos de credenciais para as Olimpíadas e Paralimpíadas no Brasil, negou o
credenciamento de quatro pessoas por estarem comprovadamente ligadas ao
terrorismo. A informação foi divulgada neste domingo pelo programa Fantástico, da TV Globo. Além delas, outras 36 pessoas
estão com alerta de cooperação internacional, por envolvimento com crimes não
só de terrorismo. Os nomes, as nacionalidades e as acusações a que elas
respondem estão sob sigilo.
Ao todo, a elite de segurança dos
jogos olímpicos e paralímpicos já realizou 460.000 inspeções de credenciais,
que vão desde delegações aos jornalistas, dos voluntários aos representantes de
governos estrangeiros. Dessa lista, o Ciant recomendou ao Comitê Rio 2016 que
não aceitasse 11.000 delas, sendo que 61 são de brasileiros que estão com
mandados de prisão por crimes como homicídios e tráfico de drogas.
O Ciant
também faz o monitoramento de pontos que são considerados pertinentes para a
segurança dos jogos, como hotéis, consulados, locais de competição e os locais
de treinamento das delegações. O coordenador nacional de segurança dos Jogos do
Rio, Andrei Augusto Passos Rodrigues, contou aoFantástico que
esse mapa do Rio é monitorado 24 horas por dia. Também foi feita uma varredura
de informações em todos os bancos de dados nacionais e no âmbito de cooperação
internacional. Fazem parte do Ciant os Estados Unidos, a Espanha, a França, o
Reino Unido, a Bélgica, a Argentina e o Paraguai.
Outra ferramenta criada para
auxiliar na segurança dos jogos é um aplicativo de smartphone que foi
desenvolvido pela A Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos e a Polícia
Federal desenvolveram um aplicativo. O app serve para fazer denúncias e
compartilhar informações. “São mais de 2.000 pessoas que nós vamos fazer a
capacitação direta, além dos 20 mil voluntários, e que trabalham na rede
hoteleira, no sistema de transporte público, em concessionárias de serviços
públicos, e que estarão diretamente envolvidas durante a realização dos jogos”,
disse Andrei.
(Veja.com)
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