sábado, 2 de julho de 2016

Segurança é pacto social

Editorial JP, 02 de julho

Uma imagem grotesca para o país, mesmo que verdadeira veio do Rio de Janeiro, protagonizada por policiais civis em protesto contra a grave situação da segurança pública naquele estado. Uma faixa com os dizeres “Bem vindos ao inferno”, antecedia denúncias de aviltamento da estrutura das delegacias, parcelamento dos salários dos policiais, falta de combustível e até de alimento para presos correcionais e presidiários. Em inglês, a faixa pretendia mostrar que as Olimpíadas não serão um lugar seguro para os turistas, brasileiros ou internacionais.
As denúncias são, no mínimo, similares às feitas aqui quando, em greve, policiais militares e civis ocuparam a Assembleia Legislativa do Maranhão. Um episódio apavorante que, de uma vez por todas, escancarou o sucateamento da segurança pública naquela época, os péssimos salários dos policiais, uma média de 800 homicídios por ano, a retenção de direitos e conquistas dos agentes da segurança, a ascensão do crime organizado e o terror terceirizado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Mas a realidade da segurança pública muda a cada dia, a partir de investimentos do Governo do Estado para renovação e ampliação da infraestrutura, aquisição de novos equipamentos e concessão de benefícios trabalhistas aos policiais do Maranhão. Nada menos que R$ 46 milhões foram investidos na construção de novas delegacias. Em um ano 5 novos presídios foram instalados, 6 novos postos para o Corpo de Bombeiros, um laboratório de combate à lavagem de dinheiro e até o Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas ganhou obras de pavimentação e paisagismo. O centro médico da Polícia Militar foi reativado, 300 novas viaturas foram colocadas à disposição da polícia, além de 100 motocicletas e uma delegacia móvel.
Há 1.500 novos policiais militares e civis nas ruas, mais delegados, escrivães, peritos e legistas, 1.200 novos servidores nos presídios do Maranhão e 2.300 policiais e bombeiros militares foram alcançados por promoções que não mais aconteciam. “Enquanto em outros estados está havendo parcelamento de salários, no Maranhão o governo está conseguindo cumprir um programa de reajuste pactuado com a segurança para até 2018. Dessa forma, as tropas trabalham com motivação”, declarou o coronel Célio Roberto, comandante do Corpo de Bombeiros.

A violência, porque não se muda realidade tão grotesca da noite para o dia, ainda está aí. A redução no nível de homicídios ainda não alcançou o patamar pretendido nem almejado. Mas é uma realidade que se modifica com investimentos do governo e trabalho incansável da Secretaria de Segurança, o que pode ser percebido com a redução mensal nos índices de criminalidade. A crueldade do que acontece com o Sistema de Segurança de muitos estados, inclusive e principalmente o Rio de Janeiro, é a mesma que estava aqui antes do governo Flávio Dino. E não temos dúvidas de que a segurança faz parte de um pacto social que só agora chegou ao Maranhão.

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